No comunicado, a Abin ressaltou que repudia qualquer tipo de ataque ao sistema eleitoral brasileiro, que é a base de nossa democracia. A agência é responsável pela segurança na criptografia das urnas eletrônicas desde 1998 e trabalha em parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para garantir a integridade do processo eleitoral.
Segundo informações obtidas pelo O GLOBO, mensagens trocadas entre oficiais da Abin indicam que foi produzido um relatório informal, compartilhado por WhatsApp, com análises sobre fake news relacionadas às urnas eletrônicas. A ordem para a elaboração desse documento teria partido de Alexandre Ramagem, no entanto, o deputado preferiu não comentar sobre o assunto.
Em julho de 2020, apoiadores do então presidente Jair Bolsonaro começaram a disseminar notícias falsas envolvendo a empresa Positivo Tecnologia, que havia vencido uma licitação do TSE para fornecer novas urnas eletrônicas. As publicações nas redes sociais relacionavam um dos fundadores da Positivo, o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), com o ex-ministro da Justiça Sergio Moro e uma empresa chinesa, sem qualquer embasamento.
A Abin destaca que os supostos desvios de conduta ligados a Alexandre Ramagem estão sendo investigados pelos órgãos competentes e reforça o compromisso de mais de duas décadas em garantir a segurança do processo eleitoral brasileiro. A instituição ressalta a importância de manter a integridade das urnas eletrônicas e repudia qualquer tentativa de desestabilizar a democracia através de notícias falsas e desinformação.