Abin repudia “Abin paralela” ligada a ex-diretor-geral em produção de relatórios falsos sobre urnas eletrônicas em 2020.

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) divulgou uma nota oficial nesta sexta-feira em que afirma que eventuais “desvios de conduta” praticados por um “grupo ligado” ao ex-diretor-geral e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) não devem manchar a imagem do órgão. A repercussão veio após o jornal O GLOBO revelar que membros da chamada “Abin paralela” produziram relatórios para analisar notícias falsas sobre as urnas eletrônicas nas eleições de 2020.

No comunicado, a Abin ressaltou que repudia qualquer tipo de ataque ao sistema eleitoral brasileiro, que é a base de nossa democracia. A agência é responsável pela segurança na criptografia das urnas eletrônicas desde 1998 e trabalha em parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para garantir a integridade do processo eleitoral.

Segundo informações obtidas pelo O GLOBO, mensagens trocadas entre oficiais da Abin indicam que foi produzido um relatório informal, compartilhado por WhatsApp, com análises sobre fake news relacionadas às urnas eletrônicas. A ordem para a elaboração desse documento teria partido de Alexandre Ramagem, no entanto, o deputado preferiu não comentar sobre o assunto.

Em julho de 2020, apoiadores do então presidente Jair Bolsonaro começaram a disseminar notícias falsas envolvendo a empresa Positivo Tecnologia, que havia vencido uma licitação do TSE para fornecer novas urnas eletrônicas. As publicações nas redes sociais relacionavam um dos fundadores da Positivo, o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), com o ex-ministro da Justiça Sergio Moro e uma empresa chinesa, sem qualquer embasamento.

A Abin destaca que os supostos desvios de conduta ligados a Alexandre Ramagem estão sendo investigados pelos órgãos competentes e reforça o compromisso de mais de duas décadas em garantir a segurança do processo eleitoral brasileiro. A instituição ressalta a importância de manter a integridade das urnas eletrônicas e repudia qualquer tentativa de desestabilizar a democracia através de notícias falsas e desinformação.

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