O retorno de Marta ao PT foi marcado pela presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que anteriormente havia sido criticado pela ex-prefeita. A articulação para a volta ao partido foi conduzida por Lula, visando a inclusão de Marta como vice na chapa da pré-candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) na eleição municipal em outubro.
Durante o evento, Marta reforçou seu compromisso com a defesa da democracia e destacou a ameaça representada pelo crescimento da direita autoritária. Lula enfatizou a importância da gestão de Marta, comparando-a ao jogador de futebol Roberto Rivelino, e destacou a necessidade do PT formar alianças para alcançar o sucesso eleitoral em São Paulo.
A chegada de Marta ao PT foi recebida de forma positiva por Boulos, que destacou que a aliança entre os dois representava a formação de uma frente democrática contra o autoritarismo. O pré-candidato do PSOL reforçou a importância da união e ressaltou o potencial da dupla para mudar a cidade de São Paulo.
Além disso, a filiação de Marta à sigla foi aprovada pela Executiva municipal do PT em São Paulo, apesar das resistências internas expressadas por algumas tendências do partido. A aliança entre Marta e Boulos representa, portanto, um movimento estratégico visando à construção de uma chapa competitiva para a eleição municipal.
Após a cerimônia de filiação, Boulos e Marta planejam realizar seu primeiro evento de pré-campanha em Parelheiros, reduto eleitoral da ex-prefeita, conhecido como Martalândia. O encontro, que envolverá a participação da população, visa estabelecer as bases para a campanha eleitoral em outubro.
A decisão de Marta de deixar o cargo de Secretária Municipal de Relações Internacionais na gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) foi justificada pela sua oposição ao bolsonarismo, em referência ao fato de Nunes buscar o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro na eleição. A movimentação de Marta causou reações por parte de Nunes, que expressou sentimentos de chateação, mas evitou classificar a mudança de lado como uma “traição”.
Em linhas gerais, a volta de Marta ao PT e a sua articulação para compor a chapa de Boulos representam um movimento significativo na corrida eleitoral em São Paulo, sinalizando um novo cenário político na capital paulista.