Szijjarto revelou que o presidente sérvio, Aleksandar Vucic, se encontrou com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, em Budapeste. Durante a reunião, Vucic assegurou que a Sérvia seria capaz de aumentar o fornecimento de gás russo para a Hungria, caso Kiev se recuse a estender o acordo de trânsito para gás natural liquefeito (GNL) através do território ucraniano.
“A Ucrânia tem expressado sua intenção de rescindir o acordo de trânsito de gás natural previamente firmado com a Rússia nos últimos dias”, afirmou Szijjarto. “Hoje, o presidente sérvio deixou claro que, se a Hungria desejar aumentar suas importações de gás natural através da Sérvia, o país tem capacidade para atender essa demanda”.
Essa declaração acontece após o ministro da energia da Ucrânia, German Galushchenko, indicar que é improvável que Kiev estenda o acordo de trânsito que permite a passagem de gás natural russo para países europeus através do território ucraniano. Esse contrato está programado para expirar no próximo ano.
Os acordos de trânsito de gás entre a Rússia e a Ucrânia têm sido um ponto de tensão nas relações entre os dois países há muitos anos. A Ucrânia, que é um importante país de trânsito para o gás russo, tem buscado diversificar suas rotas de abastecimento para reduzir sua dependência da Rússia.
Enquanto isso, a Hungria, que já possui um acordo bilateral de fornecimento de gás com a Rússia, busca garantir o suprimento contínuo de gás natural para atender à demanda interna e evitar possíveis interrupções no abastecimento.
A possibilidade da Sérvia fornecer mais gás russo à Hungria fortaleceria as relações entre os dois países e poderia contribuir para uma maior diversificação das fontes de energia para a Hungria, reduzindo sua dependência exclusiva da Rússia.
É importante ressaltar que até o momento não foram fornecidos detalhes sobre como esse aumento no fornecimento de gás seria viabilizado, nem quanto gás adicional a Sérvia seria capaz de fornecer à Hungria. A declaração de Szijjarto é apenas uma indicação de possíveis desenvolvimentos futuros nas negociações entre a Ucrânia, a Rússia e os países europeus envolvidos.
