Gilmar Mendes, relator do caso, teve o apoio de oito ministros que votaram a favor do recebimento da denúncia. Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber seguiram o parecer do relator. Em seu voto, Gilmar Mendes destacou que o uso ostensivo de arma de fogo em um contexto público e próximo às eleições pode implicar em responsabilidade penal, mesmo que a denunciada possua porte de arma.
Por outro lado, André Mendonça e Nunes Marques apresentaram posição contrária, destacando que o caso não deveria ser analisado pelo STF, pois não tem relação direta com o mandato de Zambelli, requisito necessário para que o processo seja julgado no Supremo. Mendonça ressaltou que embora a discussão possa ter iniciado devido a divergências ideológicas ou torcida nas eleições presidenciais, esses aspectos não configuram uma relação verdadeira e direta com a atividade parlamentar da deputada.
A defesa de Carla Zambelli emitiu uma nota afirmando que confia na inocência da parlamentar e que provarão sua não culpa no julgamento do mérito. Segundo o advogado Daniel Bialski, Zambelli estava almoçando com seu filho quando foi xingada, ofendida, vilipendiada, afrontada e ameaçada por uma terceira pessoa que está sendo investigada pelo ocorrido. Ele ressalta que a deputada agiu dentro do exercício regular de seu direito, uma vez que possui registro e porte de arma devido às ameaças de morte e à integridade física sua e de seu filho.
Com a decisão do STF, o processo criminal contra Carla Zambelli continuará e as provas serão avaliadas para determinar se ela é realmente culpada das acusações de porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com uso de arma. A deputada afirmou que confia no sistema de justiça e na possibilidade de provar sua inocência. Resta aguardar o julgamento do mérito do caso.