Em tempos atuais, a depressão se tornou um dos temas mais discutidos quando se trata de emoções humanas. O uso de remédios para tratar a depressão se tornou comum, mas será que é realmente isso que traz a felicidade? Os remédios parecem apenas suprimir um desconforto, não resolvendo o problema de forma efetiva. A felicidade é muito mais do que apenas não sentir tristeza, é uma invenção, como os gregos a compreendiam.
Para alguns, a felicidade está na realização pessoal, na satisfação das relações interpessoais e no bem-estar físico. Já para outros, a felicidade está em alcançar um estado de plenitude que transcende as necessidades terrenas. Estas duas correntes de pensamento sobre a felicidade têm influenciado tanto a esfera religiosa quanto a filosófica e política.
O Iluminismo, por exemplo, marca o momento em que se reconheceu que a felicidade não poderia ser apenas uma questão pessoal, mas deveria ser alcançada pelo maior número possível de pessoas. A busca da felicidade passou a ser considerada um direito inalienável do ser humano, conforme declarado na constituição dos Estados Unidos. Contudo, ainda assim, a felicidade parece ser um bem escasso na sociedade contemporânea.
A busca pela felicidade, no entanto, não pode ser separada da solidariedade e da responsabilidade mútua. Viver em um mundo onde a felicidade é exclusiva de alguns e a maioria vive em condições precárias é uma situação insustentável. Não se pode ser feliz à custa do sofrimento alheio, é preciso levar em consideração a felicidade e a dignidade de todos.
Portanto, a felicidade é tanto uma busca individual quanto coletiva. Ela depende não apenas das escolhas e ações individuais, mas também das condições sociais e econômicas que afetam a todos. A verdadeira felicidade só pode ser alcançada quando é compartilhada e quando considera o bem-estar de todos.
