Seis mil usuários já baixaram aplicativo de celular de combate ao Aedes Aegypti

Com a ferramenta, é possível apontar construções inacabadas e abandonadas, lixo a céu aberto e outras situações de risco

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Aplicativo Juntos pela Saúde já foi baixado por 6.487 mil usuários, com a finalidade de auxiliar na redução de problemas e fatores de risco à saúde da população. Olival Santos

Desde o seu lançamento, em 29 de fevereiro de 2016, o aplicativo Juntos pela Saúde já foi baixado por 6.487 mil usuários, sendo 5.830 na versão Android, e 657 downloads para iOS, estabelecendo um canal de comunicação facilitador entre cidadão e gestor público. Desse modo, permite a localização geográfica com a identificação dos focos do Aedes aegypti.

O “Juntos pela Saúde” surgiu como um canal de fácil comunicação e aproximação entre cidadãos e gestão pública com a finalidade de auxiliar na redução de problemas e fatores de risco à saúde da população. O aplicativo foi fruto de uma cooperação técnica estabelecida no início deste ano entre a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e a empresa alagoana Rastru.

Segundo José Alencar Feitosa, desenvolvedor do programa, a comunicação com a gestão pública de saúde se estabelece através de denúncias feitas pelo cidadão ao constatar a existência de um foco de mosquito ou ao observar a existência de condições para a formação de um possível criadouro do Aedes aegypti.

Para ele, o grande diferencial do aplicativo encontra-se no seu modelo de colaboração e integração fundamentado nos três pilares: participação efetiva do cidadão; gestão integrada de Saúde Pública, envolvendo todas as secretarias e órgãos dos municípios; e o uso da tecnologia como ferramenta de colaboração e integração entre cidadão e gestão pública de saúde.

“Com o aplicativo no seu celular, ao constatar a existência de um foco do mosquito ou observar a existência de condições para a formação de um possível criadouro, o cidadão pode registrar o fato e enviar esse registro aos gestores públicos, de forma fácil e anônima, inclusive adicionando fotos, vídeos, áudio e localização geográfica”, explicou Feitosa.

Em contrapartida, o gestor público, ou seja, os dirigentes e os técnicos da Secretaria Estadual, assim como os da secretaria de Saúde do município, recebem automaticamente o registro para a apuração da denúncia e adoção de medidas e iniciativas para a superação do problema.

“Seja por meio do tratamento ou eliminação do possível foco do mosquito, seja pela atuação integrada com outros órgãos da administração pública, a exemplo da intervenção para a eliminação do risco apresentado por construções inacabadas, lixo a céu aberto, terrenos baldios e outras situações de risco para a proliferação de criadouros”, destacou.

Dessa forma, as equipes de cada município podem atuar de forma integrada para a resolução dos problemas de sua localidade, enquanto que a Sesau monitora e apoia as ações em todo o estado.

 

Canal de denúncia

De acordo com a secretária de Estado da Saúde, Rozangela Wyszomirska, a tecnologia proporciona ao cidadão um canal para denúncia junto ao poder público, como também o Estado passa a fiscalizar se os municípios alagoanos estão atuando realmente onde há evidências de focos do Aedes aegypti. Desse modo, a proposta visa facilitar a mobilização, o engajamento e, sobretudo, o compromisso do poder público em responder às colaborações dos cidadãos.

Para a secretária, a singularidade do aplicativo é a relação denúncia feedback. “A partir de agora há mais um meio para a população colaborar com a comprovação de evidências dos focos do mosquito. E isso pode, inclusive, acontecer em qualquer lugar e a qualquer hora, onde os cidadãos se tornam promotores e responsáveis não só pela sua saúde, mas também de toda a sua comunidade, a fim de monitorar e colaborar de forma efetiva e concreta para a qualidade de vida de todos”, disse a titular da pasta.

Até a última atualização no início deste mês, os dez principais bairros de Maceió com maior número de denúncias foram: Jatiúca (215), Farol (170), Ponta Verde (139), Benedito Bentes (98), Poço (84), Barro Duro (68), Gruta de Lourdes (59), Trapiche (39), Vergel (37) e Jardim Petrópolis (13). “41,62% das denúncias se concentram nestes dez bairros. Os restantes dos registros estão bem distribuídos pelos demais bairros da capital”, garantiu José Alencar. Dentre os demais municípios alagoanos, Marechal Deodoro vem ocupando lugar de destaque com 75% das denúncias apuradas e tratadas.

De acordo com ele, Alagoas já registrou 2.740 (80,77%) notificações de foco, sendo 2.213 (80,77%) em Maceió e 527 (19,23%) no interior. Em todo o Estado, a principal denúncia de foco de mosquito feita pelos usuários é referente a lixo ou entulho a céu aberto, com 598 (21,82%) registros; seguido de recipientes com água parada, com 584 (21,31%); imóveis fechados ou abandonados correspondem a 563 denúncias (20,55%); terrenos baldios com 403 (14.71%); outros focos de mosquito com 327 (11.93%); e, esgoto a céu aberto, 265 (9.67%).

Segundo Feitosa, a administração pública já conseguiu resolver boa parte dos locais que são denunciados pelo aplicativo Juntos pela Saúde. “Principalmente na capital, onde se concentram 80,77% das denúncias, e parte dos casos já foi tratada pela Secretaria Municipal de Saúde através da atuação de sua equipe de vigilância e agentes de endemias, em parceria com outros órgãos municipais e estaduais como a Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió, a Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente, a Superintendência Municipal de Controle e Convívio Urbano, Defesa Civil, entre outros”, destacou.

Em março deste ano, o aplicativo foi atualizado com novas funções que permitem o acompanhamento das denúncias feitas pelo usuário. O aplicativo Juntos pela Saúde funciona em tablets e smartphones que utilizem sistemas operacionais iOS e Android 2.2 ou superior. O usuário pode baixar no Google Play e na Apple Store.

Marcel Vital – Agência Alagoas

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