ECONOMIA – O ex-prefeito Fernando Haddad afirma que vários fatores estão contribuindo para a diminuição das taxas de juros.

Na quinta-feira (27), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que existem condições favoráveis para que o Banco Central (BC) reduza a Taxa Selic na próxima semana. Atualmente em 13,75% ao ano, os juros básicos da economia estão no maior nível desde o início de 2017.

Haddad fez essa declaração após uma reunião no Palácio da Alvorada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro ressaltou que há uma série de fatores que contribuem para a possível redução da Selic. Um desses fatores é a elevação da nota da dívida pública brasileira anunciada pela agência de classificação de risco Fitch.

A Fitch aumentou a nota da dívida pública brasileira de BB- para BB, colocando o país duas posições abaixo do grau de investimento. Esse selo de bom pagador indica a capacidade do país de honrar seus compromissos e não dar calote na dívida pública.

Além disso, os analistas de mercado ouvidos pelo boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central, acreditam que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduzirá a Taxa Selic em 0,25 ponto percentual, chegando a 13,5% ao ano. A decisão da Fitch e a perspectiva de melhoria de nota pela Standard & Poor’s também influenciam nas previsões de corte nos juros.

A inflação também tem contribuído para as expectativas de redução da Selic. Em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou deflação de 0,08%, a primeira em nove meses. Já o IPCA-15, prévia da inflação oficial, apresentou deflação de 0,07% neste mês.

Apesar disso, os analistas preveem um leve aumento da inflação no segundo semestre, com o IPCA encerrando o ano em 4,9%. Vale ressaltar que a lei que deu autonomia ao Banco Central estabelece dois objetivos para a política monetária: controlar a inflação de acordo com as metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e promover o crescimento econômico. Para 2023, a meta do CMN para a inflação é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo.

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