Wagner Moura exibe placa de Marielle no Festival de Berlim

Pouco menos de 1 ano depois do assassinato – ainda não solucionado – da vereadora Marielle Franco (PSol), o ator Wagner Moura passou pelo tapete vermelho do Festival de Berlim nesta sexta-feira (15) carregando uma placa em homenagem à vereadora carioca.

O evento marcou a estreia mundial de seu 1º filme como diretor, Marighella, cinebiografia do político, guerrilheiro e escritor baiano morto pela polícia durante a época da ditadura militar no Brasil, em 4 de novembro de 1969.

Segundo a Folha de S. Paulo, a sessão do filme foi marcada por gritos de “Lula Livre”, “Ele, Não” e “Marielle Presente”. “Vamos enfrentar muita merda no Brasil’, disse Moura ao jornal.

A manifestação do ator ocorre após o jornal O Globo ter revelado que o deputado Rodrigo Amorim (PSL), que quebrou uma placa com o nome da Rua Marielle Franco, no Rio, durante um comício em 2018, emoldurou parte da placa quebrada e a pendurou em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio, revela o MSN.

Amorim disse ao jornal que o pedaço da placa era o “símbolo da restauração da ordem no Rio de Janeiro”. A viúva de Marielle, a arquiteta Mônica Benício, respondeu com ironia ao deputado: “Ele entendeu que o lugar da Marielle é de destaque, para ser emoldurado em todos os gabinetes, seja de políticos de esquerda ou de direita. Vou doar a outra metade para que a homenagem fique completa”.

O assassinato da vereadora Marielle Franco junto com o motorista Anderson Pedro Gomes completa nesta sexta 11 meses e 1 dia sem solução. A polícia do Rio de Janeiro já apontou milicianos como os principais suspeitos, mas ninguém foi indiciado pelo crime ainda.

Com um orçamento de R$ 10 milhões, o filme Marighella traz em seu elenco o cantor e ator Seu Jorge, que interpreta Carlos Marighella, além de Adriana Esteves, Bruno Gagliasso, Herson Capri, Humberto Carrão, Jorge Paz, entre outros.

Nascido em Salvador no dia 5 de dezembro de 1911, Marighella foi um político, guerrilheiro e escritor que se transformou no símbolo da luta armada contra a ditadura militar instaurada no Brasil a partir de 1964. Ele foi morto em uma emboscada em São Paulo comandada pelo delegado do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) Sérgio Paranhos Fleury.

16/02/2019

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