Vocês lembram do responsável pelo confisco da poupança?

Mais precisamente um calote contra mais de 200 famílias de trabalhadores, demitidos de suas empresas para trocar por mão-de-obra mais barata se aproveitando da retirada dos direitos pela reforma trabalhista ou demitidos em retaliação por uma greve que a justiça do trabalho julgou legal.

Fernando Collor. Foto: Reprodução

Esse calote responde pelo nome de recuperação judicial, um mecanismo para evitar a falência.

Para você ter uma ideia, com outra irregularidade, as empresas de Fernando Collor acumularam uma dívida de mais de 300 milhões de reais com a Previdência.

Ao longo de anos, as empresas, que eram muito mais e foram se acabando por uma série de problemas, descontavam o valor devido para previdência de cada empregado.

Desconto que vem no contracheque, de um dinheiro que não é da empresa e nem do governo federal, mas, do próprio trabalhador.

E que, entre outros, vai compor o fundo de garantia por tempo de serviço.

Como o nome já diz, uma reserva que o empregado teve o direito de juntar, pelo tempo trabalhado e que vai servir de apoio para manter, em caso de ser colocado na rua.

Ou seja, para não sair “com uma mão na frente e outra atrás”.

Pois bem, o dinheiro era descontado de cada empregado, mas, nunca chegou aos cofres do governo federal, onde deveriam estar guardados, rendendo, para quando o trabalhador precisar. Para onde ia esse dinheiro?

Mesmo assim, as empresas de Fernando Collor chegaram à beira da falência: algumas fecharam as portas mesmo! Para evitar perder a galinha dos ovos de ouro, as empresas de Fernando Collor recorreram à recuperação judicial, que nada mais é do que assumir um compromisso, perante a justiça, de que vai botar as contas em dia para não ir à falência.

E nesse compromisso, a empresa diz como vai pagar a quem deve.

É onde entra o calote.

Pelo que propôs à justiça, as empresas de Fernando Collor querem pagar, em vez do valor devido, apenas a metade.

E dessa metade, ainda pagar em parcelas.

É ou não é uma indecência?

É ou não é um calote?

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo