Viralatismo brasileiro vai às alturas com neve no Sul e choro de Datena

O que dizer de um povo que tem como ‘sonho’ de vida sair do país. Ficar fora deste país que nasceu. Muitos e muitos brasileiros romantizam a vida fora do país, sempre mirando o que tem de ‘bom’ lá fora e o que tem de ruim em solo pátrio.

Interessante que são estas mesmas pessoas que saem as ruas com as camisas da CBF, enroladas na bandeira nacional, gritando aos plenos pulmões que são ‘patriotas’. São estas mesmas pessoas que defendem a venda indiscriminada das empresas nacionais, incluindo a joia da coroa: a sétima maior petrolífera do mundo, chamada de Petrobras, em homenagem ao país que eles tanto odeiam. A Petrobras é a maior produtora de petróleo da América do Sul, com uma taxa de produção de pouco menos de 2 mbbl / dia. A Petrobras é uma das empresas mais influentes do setor de petróleo e gás.

Recentemente, o apresentador José Luiz Datena, da Band, chorou emocionado ao ver pela tela de um monitor de TV, ao vivo, o que parecia ser neve em pleno Brasil. A neve caia na cidade de São Francisco de Paula, na serra gaúcha.

“A neve vai aumentando, eu nunca vi uma coisa dessas. Isso é uma transmissão ao vivo! Eu estou aqui emocionado, estou parecendo um menino aqui. É muita neve, parece que nós estamos numa cidade da Suíça!”, comparou.

Esse viralatismo nacional é impressionante. Tanto, que viralizou um comentário nas redes sociais dando conta que o Brasil já ‘pode ser comparado à Europa, pois tem peste (Covid), nazismo (bolsonarismo) e neve’.

Incrível como boa parte do povo brasileiro, encastelados nas classes A e B, que se julgam donos do país, tentam imprimir para os outros suas crenças de que o Brasil é apenas um país de passagem, bom mesmo é nos EUA ou na Europa ocidental.

É chique viajar para os EUA, principalmente para a Disney, destino de dez em dez crianças e jovens de classe média, cujos pais passam a vida toda juntando dinheiro para realizar esse ‘sonho’ de consumo. Uma lamentável junção de vira-latismo com desprezo pelo país de origem, no caso o Brasil.

É comum vermos brasileiros morando no exterior, sendo submetidos a empregos degradantes, como limpar privadas e passar pano em chão. Tem ainda os que se aventuram na indústria da construção civil, trabalhando de dez a quatorze horas por dia.

Esses brasileiros são párias, ou seja, não tem pátria, vivem de uma imagem romântica de que suas vidas mudaram para melhor, mesmo tendo que trabalhar apenas para poder pagar o aluguel e juntar uns trocados.

Não estou criticando os migrantes e imigrantes. Estou apenas pontuando que existe um grande número de brasileiros que não têm a menor necessidade de enaltecer outros países, justamente por criticarem o seu país de origem.

Não dá para assistir uma horda de senhores e senhoras de meia idade enrolados na bandeira do Brasil e também dos Estados Unidos. Isso sem falar nas sempre presentes bandeiras de Israel, numa loucura coletiva que associa o país com religião cristã.

Essa alienação coletiva é triste e revoltante ao mesmo tempo. Hipócritas brasileiros que vivem do Brasil, mas arrotam americanismo.

Vira-lata

Complexo de vira-lata é uma expressão e conceito criada pelo dramaturgo e escritor brasileiro Nelson Rodrigues, a qual originalmente se referia ao trauma sofrido pelos brasileiros em 1950, quando a Seleção Brasileira foi derrotada pela Seleção Uruguaia de Futebol na final da Copa do Mundo em pleno Maracanã. O Brasil só teria se recuperado do choque (ao menos no campo futebolístico) em 1958, quando ganhou a Copa do Mundo pela primeira vez. O fenômeno também é referido como vira-latismo.

Para Rodrigues, o fenômeno não se limitava somente ao campo futebolístico:

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