Vida Nova nas Grotas é destaque em conferência internacional da ONU

Governador Renan Filho no momento em que participava, na manhã desta quarta-feira (08), da 4ª Conferência Tripartite Internacional sobre “Melhoria e Prevenção de Favelas no âmbito da Década de Ação” (Foto: Márcio Ferreira)

O governador Renan Filho participou, na manhã desta quarta-feira (08), da 4ª Conferência Tripartite Internacional sobre “Melhoria e Prevenção de Favelas no âmbito da Década de Ação”. Convidado do evento virtual promovido pelo ONU-Habitat, pela Organização dos Estados da África, Caribe e Pacífico (OEACP) e pela Comissão Europeia, o governador apresentou as ações exitosas do programa Vida Nova nas Grotas, que vem mudando para a melhor a realidade urbanística de mais de 70 comunidades em Maceió.

“Esse programa tem se tornado referência pela eficácia em melhoria da qualidade de vida, pelo atendimento à população e também pelos resultados que tem colhido, sobretudo possibilitado por uma política pública focada em planejamento adequado e que traz resultados rápidos, relativamente baratos e que eleva muito a qualidade de vida e a autoestima dessas comunidades”, destacou Renan Filho, durante a conferência.

Aberto na terça-feira (06), o evento ocorre de forma on-line e se encerra nesta quinta (09) como parte do diálogo político global do Programa Participativo de Melhoria de Favelas (Participatory Slum Upgrading Programme – PSUP) implementado em 190 cidades de 40 países, financiado pela Comissão Europeia.

Foto: Márcio Ferreira

Renan Filho participou do segundo dia da conferência ao lado do secretário de Estado da Fazenda, George Santoro; da secretária especial do Tesouro Estadual, Renata dos Santos; do Coordenador de Projetos do ONU Habitat em Maceió, Alex Rosa; e do líder comunitário Paulo Pelé, que representou as grotas Triunfo, Bananeiras e Freira, situadas no bairro do Jacintinho.

“Eu me sinto honrado em estar representando as lideranças das grotas de Maceió. Falar de grota hoje é bom, mas no passado era grande o sofrimento do pessoal. Hoje todos querem descer as grotas, porque tem escadarias, corrimãos, pontilhões e as casas estão sendo reformadas”, afirmou Paulo Pelé.

A conferência abordou a melhoria participativa de favelas em larga escala, com o tema: “Não deixar ninguém e nenhum espaço para trás” para inclusão, integração e urbanização sustentável a todos. Neste sentido, Renan Filho discorreu sobre as intervenções urbanísticas feitas nas grotas de Maceió, os projetos de inclusão social e os desafios futuros do programa, que pretende chegar a todas as 100 grotas de Maceió, onde vivem mais de 350 mil pessoas.

O programa desenvolvido pelo Governo de Alagoas surgiu ainda em 2015, com o nome Pequenas Obras, Grandes Mudanças, executado pela Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), em parceria com o ONU Habitat, programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos.

“Esse programa começou muito pequeno. Alteramos o nome para Vida Nova nas Grotas justamente porque ganhou uma dimensão e uma importância social gigantescas. As pessoas querem que o programa chegue às comunidades delas, porque eleva a autoestima e melhora decisivamente a condição de moradia”, explicou o governador.

Parceria

A parceria com o ONU Habitat possibilitou a feitura de um grande mapeamento e a coleta de dados nas grotas de Maceió, facilitando o conhecimento sobre a realidade de cada comunidade pesquisada, observando suas características e necessidades. Isso favoreceu a dinamização das ações feitas de forma específica.

Alex Rosa afirmou que dentro da estrutura do ONU Habitat, o projeto de Alagoas é muito bem reconhecido em todo o mundo, justamente pelo êxito de suas ações, que são conectadas aos anseios e necessidades dos moradores locais.

“O tema da conferência é justamente a melhoria participativa de favelas, ressaltando a importância da participação da comunidade no acompanhamento e na concepção das obras. Tá claro para todo mundo que a participação comunitária reforça o êxito das obras, porque chegar e fazer uma obra é uma coisa; mas na hora que você faz a obra conectada com as necessidades, com os anseios e o acompanhamento, isso tem outro nível de sustentabilidade”, ressaltou Rosa.

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