Valorização de artistas femininas é promovida em festival online

Priscila Angel durante sua apresentação no Mês da Mulher. (Foto: Ascom Secult)

A disparidade de gênero assola todas as esferas da vida cotidiana, e dentro do campo das artes as mulheres ainda encontram limitadores de suas carreiras impostos por essa diferença. Apesar de todas as transformações que a sociedade vem passando, artistas femininas ainda enfrentam mais obstáculos do que os homens na hora de encontrar oportunidades, divulgar seu trabalho e receber por ele.

A Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas (Secult/AL) promoveu durante todo o mês de março o “Mês da Mulher”, um circuito de lives com apresentações de artistas alagoanas no canal do Youtube da secretaria.  Além de homenagear, a iniciativa da Secult visava incentivar e valorizar o trabalho de artistas femininas.

“Neste março, queríamos fazer algo além de uma homenagem no dia 08 (dia Internacional da Mulher), por isso pensamos no “Mês da Mulher”, uma iniciativa da Secult para valorizar o trabalho de artistas femininas durante todo o mês” declarou a secretária de Cultura, Mellina Freitas, idealizadora do projeto.

Ao todo 9 artistas se apresentaram entre os dias 08 e 20 de março, com lives musicais, oficinas de artes circenses e fotografia. As transmissões somam mais de 900 visualizações e mais de 9h30 de conteúdo, que podem ser assistidas a qualquer momento clicando no link.

Para a artista, Priscila Angel, o “Mês da Mulher” foi uma boa oportunidade para expor seu trabalho com a perna de pau, “recebi muitas perguntas e comentários sobre, pelo diferencial e pela curiosidade que surgiu. A iniciativa é muito boa! A arte feminina, apesar de existir em grande quantidade, muitas vezes não tem visibilidade específica e esses momentos ajudam na valorização e divulgação”.

A exemplo do mercado da música, um levantamento da União Brasileira de Compositores (UBC) revela que apenas 14% de seus associados são mulheres, e que sua renda média é 28% menor em relação à masculina. Essa diferença não se limita a música e mulheres também são minoria no cinema, teatro, e diversos outros segmentos artísticos.

A cantora Bia Pimentel, que também participou do “Mês da Mulher”, comenta sobre essa desigualdade: “Sou prova viva disso, tenho batalhado, em carreira solo, há mais cinco anos para conquistar meu espaço”. Para Bia, momentos como esse são “onde a mulher alagoana pôde e pode mostrar seu brilho, talento e seu grito”.

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