A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) cresceu mais uma vez na lista de professores contemplados com bolsa de Produtividade em Pesquisa (PQ) e Desenvolvimento Tecnológico (DT), pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A partir da chamada 04/2021, a Ufal passou de 79 para 99 docentes bolsistas PQ.
“A Propep [Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação] ressalta que as bolsas de Produtividade visam valorizar pesquisadores e incentivar o crescimento da produção científica, tecnológica e de inovação, com qualidade e destaque nas diversas áreas do conhecimento, bem como reforçar uma política institucional para manter a excelência continuada e um progressivo aumento de novas aprovações no âmbito do desempenho de docentes que fazem pesquisas com excelência”, enfatizou o coordenador de Pós-graduação da Propep, Walter Matias.
Só nessa chamada do CNPq, a Ufal conseguiu aprovar 39 projetos, dos quais 20 são novos e somam mais pesquisadores da instituição à seleta lista. Entre os contemplados no edital, também estão renovações, que podem acontecer a cada três ou cinco anos, e ascendência de nível.
A bolsa PQ é parte da política do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI), para incentivar e valorizar pesquisadores com relevante produção científica e de destaque em suas respectivas áreas do conhecimento.
De acordo com a coordenadora de Pesquisa da Ufal, Magna Suzana, apesar da escassez de recursos, a instituição têm crescido no número de professores com mérito reconhecido pelos órgãos de fomento. A bolsa PQ permite maior visibilidade e expressão nacional e internacional para o pesquisador e também melhora os indicadores da Universidade, o que reflete na qualidade da produção científica.
Produtividade científica com dedicação
Para pleitear uma vaga no restrito grupo de PQ’s, o pesquisador deve atender aos critérios propostos pelo CNPq: mostrar capacidade para captar recursos e coordenar projetos, manter produção científica relevante e constante, e contribuir fortemente para a formação de recursos humanos em níveis de graduação, mestrado e doutorado.
O pesquisador também precisa coordenar grupos de pesquisas consolidados, ter gradual inserção nacional e internacional, por meio de palestras e assessorias Ad hoc, a revistas nacionais e internacionais e de órgãos de financiamento à pesquisa, bem como envolvimento em atividades de gestão científica, incluindo a organização de eventos, participação em comitês estaduais ou nacionais, sociedades científicas, revistas científicas, assessoria de órgãos de governo, e conferências proferidas a convite e/ou em plenárias de congressos.
O bolsista PQ ainda deve atuar de forma contundente em atividades didáticas, com aulas na graduação e pós-graduação. Pesquisadores de todo o país concorrem em diversas áreas do conhecimento e são avaliados por seus pares dos Comitês Assessores (CAs). A remuneração e o período de duração da bolsa variam de acordo com o nível de cada professor, que vai em ordem crescente de PQ2, 1D, 1C, 1B e 1A, que é a maior categoria de Produtividade em Pesquisa.
Contemplados por Desenvolvimento Tecnológico
Na Chamada 03/2021 do CNPq, referente à Bolsa de Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora (DT), a Ufal conseguiu aprovar cinco projetos de pesquisadores que serão bolsistas DT.
Os professores Ruth Rufino (IQB), Pierre Escodro (Ceca-Viçosa), Ricardo Cabus (Ctec), Ticiano Gomes (ICF) e João Soletti (Ctec) estão na lista.
De acordo com o edital de financiamento, o objetivo das bolsas DT é “valorizar pesquisadores que possuam clara participação em atividades de desenvolvimento tecnológico e extensão inovadora, associadas a uma prática regular e adequada de publicação cientifica dos resultados de seus trabalhos”.
Magna também completa que “essas conquistas demonstram que, mesmo em um contexto de confinamento, precariedade no trabalho acadêmico, crise econômica das Instituições Públicas de Educação, Ciência e Tecnologia, o desempenho de nossos docentes consolida a pesquisa com excelência dos pesquisadores da Ufal”.
