Transloucado, Bolsonaro ataca China para desespero do agronegócio brasileiro

Não é de hoje que o presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro atacam o maior parceiro comercial brasileiro. Os dois insistem em um guerra amalucada contra a nação que caminha a passos largos para ser a maior economia do planeta. Sim, é insano essa briga, já que a China responde por US$ 7o,08 bilhões de exportações só no ano passado. O superávit comercial do Brasil com a China é de 35,44 bilhões de dólares.

Bolsonaro age como se ainda estivesse na década de sessenta do século passado, insuflando planos mirabolantes de teorias da conspiração, onde os ‘comunistas chineses’ planejam dominar o mundo.

Acontece que o Brasil é muito dependente da ‘fome’ chinesa pelos produtos do agronegócio. Soja, milho, aço e carnes são os carros chefes desta relação, onde o Brasil tem na China um extraordinário parceiro comercial.

Na sua louca cruzada contra China, Bolsonaro insiste nas fake news da ultradireita sobre o início da pandemia no mundo, acusando o país asiático de lançar o planeta na maior crise sanitária da história moderna. Em sua declaração recente, Bolsonaro reforça sua teoria da conspiração. “Os militares sabem que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Será que não estamos enfrentando uma nova guerra? Qual o país que mais cresceu seu PIB? Não vou dizer para vocês”, ressaltou.

Recentemente a China anunciou um crescimento econômico recorde no primeiro trimestre, de 18,3% na comparação com o mesmo período do ano passado, em grande parte devido à base de comparação reduzida em relação ao começo de 2020, quando a pandemia paralisou a atividade.

Além da balança comercial e dos milhares de empregos que o agronegócio proporciona, o Brasil é dependente da China no que se refere a produção de insumos para vacinas contra a Covid-19. As declarações hostis do presidente Bolsonaro podem prejudicar enormemente o povo brasileiro, caso o governo chinês resolva retaliar o Brasil e suspender ou retardar o envio destes insumos.

Esta crise provocada por Bolsonaro pode trazer enormes prejuízos para o Brasil com “graves danos” ao país caso a potência asiática adote barreiras comerciais contra produtos brasileiros e busque outros fornecedores de commodities (são todas as matérias-primas essenciais que possuem baixo nível de industrialização).

Em sua defesa patética, Bolsonaro diz que a China é dependente do Brasil e não poderá retaliar, pois precisa dos produtos brasileiros. Acontece que o gigante asiático está diversificado profundamente suas relações comerciais, buscando novos mercados. Os especialistas alertam que é ilusão acharmos que a China vai continuar dependendo eternamente das nossas importações. Há outros países no mundo. A China está financiando projetos agrícolas importantes na África, em regiões que têm um clima e solo parecidos com o Brasil, está em entendimentos também para aumentar a produção de soja na Rússia e na Ucrânia.

Neste momento de crise mundial brigar com seu maior parceiro comercial por questões ideológicas do século passado parece ser realmente algo insano.

DOENTE MENTAL

O deputado Fausto Pinato (PP-SP), presidente da Frente Parlamentar Brasil-China, voltou a fazer fortes críticas ao governo federal por ataques ao país asiático. Após o presidente da República, Jair Bolsonaro, dizer que a China teria utilizado o vírus da covid-19 como parte de uma suposta “guerra química” para obter vantagens econômicas, Pinato disse suspeitar de doença mental do chefe de Estado brasileiro.

“Estou preocupado sobre um possível desvio de personalidade da maior autoridade do Brasil”, escreveu o parlamentar, em nome da frente parlamentar. “A meu ver, não se trata de uma pessoa irresponsável, desequilibrada e sem noção de mundo. Na verdade pode tratar-se de uma grave doença mental que faz nosso presidente confundir realidade com ficção”.

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