Todos trabalhavam, diz vizinha do bar onde seis morreram em chacina no Jaçanã

Sobrinha de uma das vítimas afirmou que tio marceneiro foi medir balcão do bar. Outra chacina aconteceu na Zona Sul da cidade.

Vizinhos do bar onde seis pessoas morreram na noite desta terça-feira (5) no Jaçanã, Zona Norte de São Paulo, afirmaram que as vítimas cresceram no bairro, não tinham ligação com o crime e eram trabalhadoras. As vítimas tinham entre 35 e 46 anos. Outra chacina foi registrada na Zona Sul de São Paulo na madrugada desta quarta.

Com exceção de Sidney Rodrigues Cordeiro, 38, as demais vítimas morreram ao tentar se esconder no banheiro.

Sidney morava a quarto quarteirões do bar com a mãe e um irmão doente que ele ajudava a cuidar. A mãe, dona Maria, conta que correu para a janela quando ouviu uma correria na rua por volta das 23h20. “Eu levantei da cama e vi os meninos correndo”, disse.

Na casa de outra vítima, o marceneiro Valdir Pereira de Souza, de 46 anos, a família ficou inconsolável. Uma sobrinha afirmou que Valdir deixou dois filhos, um de 12 e outro de 17, e que tinha se separado havia pouco tempo da mulher.

“Ele estava trabalhando, ele tinha acabado de abrir a marcenaria dele. Ele foi medir um balcão para o dono do bar”, disse a jovem.

Além de Sidney e Valdir, morreram Adriano dos Anjos da Silva, Gilmar Vieira da Silva, Wellington Claudino de Souza e Luiz Fernando Ramos.

Segundo boletim de ocorrências, PMs foram para a Rua Antonio Sergio de Matos, 23, no bairro Jova Rural, e constataram as seis vítimas fatais, sendo cinco no interior do bar e uma na rua. Outras três vitimas estavam sendo socorridas pelas unidades de resgate. Alessandro, 21, ao Hospital Geral de Guarulhos, Junio Pereira de Souza, ao Hospital Mandaqui e José Francisco ao Hospital São Luiz Gonzaga.

Um homem que ficou ferido na chacina relatou aos policiais militares, que ele estava tomando cerveja na calçada do bar quando surgiram dois indíviduos desconhecidos em uma moto Honda Twister prata disparando contra o bar. O proprietário do bar Aloisio Claudio Rodrigues disse que não estava no local na hora da chacina pois havia saído para jantar.

Investigação inicial indica que mortes podem ter relação com disputa por ponto de caça-níqueis ou trádico de drogas.

g1

05/04/2017

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