Durante a sessão ordinária desta terça-feira, 9, o deputado Galba Novaes (MDB) questionou, mais uma vez, o pedido de reconhecimento de calamidade pública feito pela Prefeitura de Maceió. O deputado criticou as ações do município no combate à Covid-19. “O Estado está assumindo toda a demanda. O governo construiu o Hospital Metropolitano, está terminando hospitais regionais e fez o Hospital de Campanha e o Centro de Triagem. Colocou ainda o Hospital da Mulher para atender as vítimas de coronavírus e ainda tem os hospitais particulares conveniados. Não estou vendo o município de Maceió fazer nada”, destacou.
Galba disse que vai apresentar um relatório mostrando que Maceió não se enquadra no quesito de calamidade pública. “Estado de calamidade pública requer uma catástrofe, que implique na capacidade de recursos do poder público. Quem está passando por isso é o Estado, que vem arcando com tudo no combate a esta pandemia”, disse. O deputado disse que recebeu denúncias da falta de ação da Prefeitura e que vai solicitar a convocação de um representante do município para explicar os motivos do pedido de decretação do estado calamidade púbica, que já foi aprovado pela Câmara de Vereadores, mas precisa ser ratificado pelo Parlamento estadual. “Tenho aqui várias denúncias, entre elas o fechamento de postos de saúde para reforma em bairros como Benedito Bentes, Eustáquio Gomes e Santos Dumont”, declarou.
Galba lembrou ainda que a cidade de Maceió, com mais de um milhão de habitantes, tem apenas 27% de cobertura do Programa de Saúde da Família (PSF). “Este percentual já existe há 16 anos e não está funcionando a contento, bem como os postos de saúde que também não funcionam como deveriam. Isto tudo vem sobrecarregando o Estado. Há capitais do Nordeste com quase 100% de cobertura do PSF”, afirmou.
Por fim, o deputado disse que nem uma ação preventiva o governo municipal vem realizando. “Distribuição de panfletos e de álcool gel ou campanha para a população usar máscaras, são algumas das ações que a Prefeitura poderia realizar nos bairros da periferia. As praias da Pajuçara e Ponta Verde estão isoladas, mas a do Pontal da Barra não está. Que segregação é essa?”, questionou.
