Sinteal participa de “Lockdown” da classe trabalhadora em defesa da vida e dos direitos

As escolas da rede pública de Alagoas vão parar na próxima quarta-feira (24). A ordem é desligar totalmente os equipamentos, suspender por um dia todos os trabalhos presenciais e online. A mobilização puxada em Alagoas pelo Sinteal faz parte da programação nacional do Lockdown nacional para cobrar vacina para todos/as, auxílio emergencial de R$ 600, e protestar contra a retirada de direitos imposta pelo governo Bolsonaro.

A pauta local em Alagoas cobra condições de trabalho para todos os profissionais da educação, e exige respostas em relação à tragédia provocada pela exploração da mineração da Braskem.

De acordo com a presidenta Consuelo Correia, o Sinteal planeja realizar ações no interior onde os prefeitos estão obrigando as pessoas a trabalhar presencial, para fechar as escolas. “Vamos pressionar as prefeituras que ainda não entenderam a gravidade do momento. Fora isso, serão espalhadas faixas para chamar atenção da sociedade e o dia é de desconectar”.

Sem a possibilidade de realizar atividade presencial de grandes proporções, a proposta é dar visibilidade ao trabalho remoto parando. “Às vezes só percebemos que um trabalho está sendo feito, quando ele para. O trabalho remoto deixa a impressão de que estamos sem trabalhar, descansados. Um dia sem atividades é um grito de alerta, do quanto nós da classe trabalhadora estamos sendo essenciais e produtivos neste momento. Principalmente a educação”, explicou Consuelo.

Uma ação simbólica terá a presença de pequenos grupos espalhados pela cidade com lideranças de movimentos sociais. Algumas dirigentes do Sinteal estarão no viaduto do CEPA às 8h com faixas para chamar atenção da população sobre a mobilização.

A iniciativa nacional é puxada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais. Além das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. “Motivos não faltam para que a população pare tudo, se recuse a trabalhar e proteste: já são mais de três meses sem o auxílio emergencial; o caos na saúde pública avança com hospitais sem leito de enfermaria, nem de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e até sem medicamentos básicos para dor; faltam vacinas anti-Covid-19 e as taxas de desemprego continuam subindo”, reforça notícia no Portal da CUT.

Para a CUT, o agravamento da pandemia é devido à irresponsabilidade do governo federal, representada pela falta de vacinas, testagem em massa, um plano de imunização, políticas de distanciamento social para redução do contágio, da redução do valor do auxílio emergencial para desempregados e informais- de R$ 600 para apenas R$ 150 – e do número de beneficiados para menos da metade dos que receberam no ano passado. Isso sem falar do abandono das pequenas e microempresas que têm fechado às portas e contribuído para o aumento do desemprego.

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