Setor de Serviços cresce 5,4% em Alagoas e marca o melhor desempenho do País

Um dos segmentos mais importantes da economia do Estado, o setor de Serviços teve um crescimento de 5,4% no volume mensal, em julho; o maior percentual de variação entre as unidades federativas, sendo seguido por Pernambuco (4,1%), Rio Grande do Sul (3,4%), Piauí (2,9%) e Espírito Santo (2,3%). Os dados são da Pesquisa Mensal dos Serviços (PMS), divulgada ontem (14/09), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual alagoano ultrapassa – com folga – a média nacional de 1,1%.

Analisando os números, o assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Victor Hortencio, observa que o setor emprega 169 mil pessoas (não entram nestes números os trabalhadores do Comércio), o equivalente a 50% dos trabalhadores formais, com participação de quase 45% de toda a riqueza gerada em Alagoas (PIB), segundo o IBGE. “É um segmento de grande relevância e a sua recuperação contribuirá para a retomada do crescimento econômico, tanto em âmbito local quanto no nacional”, ressalta.

De acordo com o economista, o período do bom desempenho coincidiu, em Alagoas, com a maior flexibilização das restrições de funcionamento do Comércio, incluindo bares e restaurantes, setores importantes para o turismo. E, segundo a análise do IBGE, uma possível explicação para esse resultado está na dinâmica trazida pela atividade dos serviços prestados à família, que cresceu 3,8% no mês e acumula ganho de 38,4% entre abril e julho.

De acordo com o economista, o período do bom desempenho coincidiu, em Alagoas, com a maior flexibilização das restrições de funcionamento do Comércio, incluindo bares e restaurantes, setores importantes para o turismo. E, seguindo a análise do IBGE que aponta a dinâmica trazida pela atividade dos serviços prestados à família (alta de 3,8% no mês e ganho acumulado de 38,4% entre abril e julho) como um dos fatores que impactaram no bom resultado de julho, complementa: “Muito provavelmente, dentro das atividades ligadas aos serviços prestados à família, o que melhorou o desempenho do setor Serviços foi o período de recesso escolar e a sua influência no crescimento na procura por segmentos de lazer, como restaurantes, parques temáticos, praias e hotéis”, diz.

E isto pode ser percebido por meio dos dados disponibilizados pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Alagoas (ABIH Alagoas), os quais demonstram o crescimento de 232% na ocupação hoteleira durante o período de julho, com ocupação média dos leitos de 76,92%, tornando Maceió, segundo a Prefeitura de Maceió, um dos destinos turísticos nacionais mais procurados para as férias de julho.

O presidente da Fecomércio, Gilton Lima, comemora. “Dentre os setores que representamos, o de Serviços foi o que mais sofreu os impactos econômicos trazidos pela pandemia. Foi o primeiro a fechar e o último a voltar a funcionar. Por isso, um crescimento positivo e de destaque nacional nos dá a certeza de que a plena recuperação será questão de tempo”, fala.

Mais dados

Com o avanço, o setor de serviços alagoano atingiu patamar 4,9% acima do nível pré-pandemia, com base em fevereiro de 2021. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), no cenário nacional, o setor foi o último a se recuperar da crise 2015-2016 e o mais atingido pela crise sanitária causada pela pandemia do Covid-19, entre os anos de 2020 e 2021. A partir desse cenário mais otimista, a CNC revisou o volume nacional de receitas do setor de 5,1% para 5,8%, na expectativa para 2021.

Na comparação com junho de 2020, o volume de serviços avançou 40,7%, mais que o dobro da média nacional. No acumulado do ano, o crescimento foi de 14,1% frente a igual período do ano anterior, enquanto na variação acumulada nos últimos 12 meses, o setor de Serviços atingiu um moderado crescimento de 2,2%.

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