Seris apoia projeto Menstruação Solidária

Por meio da arrecadação de item de higiene pessoal, iniciativa busca acolher mulheres em situação de vulnerabilidade

Propiciar auto-estima à mulher em situação de vulnerabilidade social, garantindo-lhe saúde e qualidade de vida por meio do acesso a um item de higiene pessoal indispensável, o absorvente. Foi com este objetivo que o secretário da Ressocialização e Inclusão Social, coronel PM Marcos Sérgio de Freitas, recebeu, na última quarta-feira (28), a visita da criadora do projeto “Menstruação Solidária”, Kamila Neri, para conhecer e contribuir com a iniciativa que – mediante arrecadação de donativos – assiste mulheres de várias comunidades de Maceió.

Na oportunidade, a idealizadora do Menstruação Solidária explicou que o projeto busca, sobretudo, conscientizar as mulheres sobre a importância do acesso ao produto de higiene íntima, já que muitas jovens simplesmente desconhecem o ciclo reprodutivo da mulher, pondo em risco a própria saúde ao fazer uso de materiais diversos para, em substituição ao absorvente, conter o sangramento.

“Já vimos casos de gente fazendo uso até de papelão. E o nosso projeto vai além da busca por parceiros que nos ajudem na oferta de absorventes a essas pessoas, que, por vezes, não têm sequer o que comer em casa. Nós focamos também a educação preventiva, para que consigam de fato perceber as mudanças fisiológicas e cuidar, inclusive, da saúde mental, bem como o empoderamento feminino, já que muitas delas assumem vários papéis. São esposas, mães e donas de casa durante as vinte e quatro horas do dia, razão pela qual necessitam muito do nosso auxílio”, revelou Kamila.

Em março deste ano, o projeto contabilizou cerca de 1.500 mulheres atendidas, todas residentes no bairro Vergel do Lago. “Temos cerca de dez voluntárias que confeccionam os kits de higiene íntima e ministram palestras nas comunidades, respeitando todos os protocolos de prevenção à Covid-19”, reforçou a criadora do projeto que já conta com o apoio de seis organizações não governamentais e visa, inclusive, inserir as mulheres no mercado de trabalho.

O encontro contou, ainda, com a participação da empresária Iris Soares, criadora da Águias Femme – que oferta mão-de-obra feminina para a construção civil – e da gerente de Educação, Produção e Laborterapia (GEPL) da Seris, policial penal Cinthya Moreno, que destacou o alcance da iniciativa.

“Inicialmente, vamos ajudá-las na distribuição dos absorventes, como já autorizado pelo secretário da Ressocialização, coronel Marcos Sérgio. Mas já estudamos a possibilidade de reeducandos da Fábrica de Esperança e egressos também contribuírem com a confecção de absorventes de tecido, já que dispomos da estrutura necessária no sistema prisional”, contou a gestora.

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