Preparar estudantes da rede superior de ensino na área da saúde por meio de projetos de extensão inseridos nas comunidades tradicionais pode trazer um novo olhar e despertar neles o conhecimento de novas culturas. Desta forma, a Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (Semudh) recebeu professores da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) para discutir projeto de cooperação e de extensão de políticas de equidade.
O programa, que faz parte da Cidadania e Equidade em Saúde (CEUS), coordenado pela professora Sandra Bonfim e pelo professor Aldemar Araújo, possui 11 projetos para serem construídos em parceria com a Semudh, com o Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral) e com a prefeitura de Marechal Deodoro.
De acordo com o decreto federal 6.040 de 2007, povos tradicionais são aqueles que possuem modo de viver ligado ao meio ambiente em que vivem, e uma cultura específica, como os caboclos, caiçaras, extrativistas, indígenas, jangadeiros, pescadores, quilombolas, ribeirinhos, ciganos, e seringueiros. A proposta é que os estudantes da área de medicina possam ir a campo em comunidades tradicionais instaladas em Alagoas para pesquisa e criação de planos para essas populações, além de ajudar no currículo e na formação social dos futuros médicos.
“Por meio dessa extensão, podemos superar índices negativos a partir da formação na participação desses universitários, disponibilizar equipes de trabalho e fazer o diagnóstico situacional para desenvolver pesquisas e trabalhos para estes locais”, disse a professora Sandra Bonfim.
Parceria
Dessa forma, a Semudh entraria como uma intermediadora desses povos tradicionais e ajudaria na logística de trabalho. O termo de cooperação técnica entre os órgãos deve ser amplamente discutido e fechado este mês para que o projeto comece a ser realizado ainda no primeiro semestre de 2019.
“A proposta vai servir para aproximar ainda mais a secretaria, a universidade e os povos tradicionais em Alagoas. Com a extensão, os futuros médicos terão uma ampla visão de que não é só quem mora na cidade que precisa de amparo na saúde, mas também quem está às margens da sociedade”, explicou a secretária da Semudh, Maria Silva.
A superintendente de Políticas para a Mulher, Dilma Pinheiro, e o superintendente de Políticas para aos Direitos Humanos e Igualdade Racial, Mirabel Alves, estiveram presentes à reunião e vão elaborar e esquematizar a minuta juntamente com a CEUS e o Iteral.
Ascom – 07/02/2019