Semed: Escolas superam desafios e criam oportunidades durante aulas remotas

Diante do cenário pandêmico e da necessidade de garantir a segurança dos alunos e da comunidade escolar, a rede municipal de educação de Maceió tem traçado estratégias junto com as escolas para assegurar a continuidade da aprendizagem de forma remota. O objetivo é minimizar as perdas educacionais possibilitando que as escolas tenham autonomia para definir seus parâmetros levando em consideração o contexto que elas vivem, as comunidades que estão inseridas, o recurso tecnológico que mais atende suas necessidades e as condições que possuem.

Iniciadas em março, as aulas remotas da rede municipal de ensino vêm seguindo as diretrizes do Conselho Nacional de Educação (CNE). O secretário municipal de Educação (Semed), Elder Maia, ressalta que o prefeito de Maceió, JHC, e toda a gestão da Semed estão mobilizados para viabilizar todas as condições de acesso às aulas, bem como a estrutura para a realização do ano letivo de 2021.

Entre as estratégias citadas pelo secretário no suporte às escolas está a criação de uma central de cópias, na própria sede da Secretaria, onde as instituições poderão imprimir suas atividades e, então, distribuir para todo o seu corpo de alunos. Assim, exercícios, provas e textos poderão ser trabalhados em casa com a ajuda dos professores de forma remota. Outro aspecto importante nessa parceria é a utilização do espaço da grade de programação da TV Ufal, no canal 8.1, e de um aplicativo para incrementar a interação acerca dos conteúdos das aulas, que deverá funcionar nos próximos 60 dias.

Prof° Elder Maia - Secretário de Educação de Maceió
Secretário Elder Maia participa de encontro virtual. Foto: Ascom/Semed

“Com a central de cópias e a parceria com a TV Ufal esperamos ampliar e democratizar o acesso ao material de estudo para as famílias e estudantes. Dessa forma, vamos garantir que, independente das suas limitações, todo aluno da rede municipal de ensino terá acesso à educação”, disse o secretário.

Outra estratégia anunciada pelo secretário como reforço no desenvolvimento das atividades durante o ensino remoto será a utilização de um aplicativo. “Esse aplicativo terá diversas funcionalidades, como jogos, atividades interativas, controle de frequência, controle de conteúdos, tutorial, e poderá tirar dúvidas das próprias aulas exibidas na televisão. Muito em breve, essa ferramenta estará disponível para utilização”, garante ele.

Aulas remotas

As aulas no formato não presencial têm sido desafiadoras para todas as modalidades de ensino. No ensino infantil, Patrícia Gomes, coordenadora, explica que as aulas compreendem crianças de 0 a 5 anos de idade e o objetivo é proporcionar oportunidades educacionais que favoreçam o desenvolvimento infantil integral nessa fase de alfabetização.

Para deixar o aprendizado dinâmico, os centros municipais de educação infantil receberam instruções para planejar as aulas em meio a interações e brincadeiras, de acordo com as realidades familiares. A medida objetiva construir, mesmo que minimamente, uma rotina para atenuar a ausência do convívio coletivo, fundamental para a aprendizagem e o desenvolvimento infantil da criança.

“Os professores fazem lives, vídeos chamadas, brincadeiras virtuais e, quando não é possível em tempo real, eles enviam sugestões de atividades para serem feitas com a família. Assim, as crianças trabalham o conhecimento e os pais são integrados nessas atividades”, explica Patrícia.

Já as aulas do ensino fundamental, no formato não presencial, são embasadas no Continuum Curricular. As escolas recebem orientações para constituir estratégias que atendam as necessidades de todos os estudantes, independente de ter acesso tecnológico ou não. Além da forma online, as atividades também estão sendo disponibilizadas nas escolas de forma impressa para os alunos buscarem e também de forma on-line.

Professor Geraldo Samento numa aula de física

A coordenadora do ensino fundamental, Juliane Medeiros, explica que as escolas têm autonomia para definir as estratégias de acordo com o contexto que elas vivem, bem como condições que possuem.

“Além das plataformas de videochamada, temos escolas que disponibilizam o material impresso para que a família busque na unidade, escolas que entregam o livro didático e paradidático para atividades complementares e outras que unem todas essas estratégias. O importante é atender as necessidades de cada estudante”, assegura a coordenadora.

Alunos reunidos na plataforma online durante as aulas

Na modalidade da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI), a rede tem orientado as escolas para acolher o aluno na aprendizagem significativa e no acolhimento socioemocional. Esse trabalho, de acordo com a coordenadora Ana Amélia, é feito através de escutas, palestras, dinâmicas, trabalhos com poemas e rodas de conversa. Ela explica que a metodologia parte do princípio da leitura do mundo na perspectiva emancipadora e libertadora norteada pelo Referencial Curricular de Maceió.

“O planejamento parte da escuta dos estudantes e isso acontece por meio do diálogo do professor com o aluno, respeitando sempre a diversidade. Estamos em constante busca para verificar qual a melhor forma de atender os anseios dos nossos alunos, atualmente o recurso tecnológico mais utilizado é o Whatsapp”, diz Ana Amélia.

Janaína Farias – Ascom/Semed

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