Secretários apresentam balanço das ações de combate à Covid-19

A Comissão de Fiscalização e Controle da Assembleia Legislativa realizou nesta quinta-feira, 10, uma audiência pública com os secretários Alexandre Ayres, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), e Fabrício Marques, da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag). No encontro, presidido pelo deputado Silvio Camelo (PV), os representantes do governo fizeram um balanço das ações de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus em Alagoas. “A ideia do governador Renan Filho sempre foi de que os secretários pudessem vir a esta Casa fazer uma explanação destes dias de combate à Covid-19”, afirmou Silvio Camelo.

Alexandre Ayres apresentou um balanço dos 150 dias de enfrentamento da pandemia. “Vindo aqui na Assembleia Legislativa, nós damos transparência às ações do Governo no enfrentamento à Covid-19, que é um desafio de todos, tanto dos órgãos públicos quanto da população”, afirmou. O secretário de Saúde disse ainda que é importante trabalhar a conscientização da população na prevenção. “Neste período, conseguimos fazer um bom enfrentamento, com mais de 1300 leitos. Alagoas vem reduzindo bastante o número de óbitos e devemos encerrar o mês de setembro com o menor número de óbitos do Nordeste”, destacou.

Ainda em sua apresentação, o secretário afirmou que é cedo para relaxar as ações de combate à pandemia. “Só teremos o retorno da normalidade quando acharmos uma vacina ou um medicamento com eficácia comprovada”, disse. Por fim, o secretário afirmou que Alagoas alcançou o primeiro lugar entre os Estados mais transparentes do Brasil em relação à divulgação de dados sobre a pandemia do novo coronavírus. “São dados de receita e de despesa. Isso só demonstra que o trabalho em busca da transparência é uma prioridade no Estado”, relatou.

Números
De acordo com os dados apresentados por Alexandre Ayres, foram destinados ao enfrentamento da Covid-19 R$ 155.460.166,04, sendo R$ 71.755.146,60 de receita do Estado empenhada e R$ 83.705.019,44 de receita federal. Sobre os insumos estratégicos, foram distribuídos álcool em gel e líquido, máscaras descartáveis, luvas, toucas e óculos de proteção para as unidades de saúde e para a segurança pública. Também foram realizados 19.498 testes PCR pelo Lacen e distribuídos 138.745 testes rápidos. O Estado ainda distribuiu 1.064.777 medicamentos.

Na unidade Sesi-Trapiche foram atendidas 27.951 pessoas e realizado 23.313 testes. Na unidade do Benedito Bentes foram atendidas 18.105 pessoas e realizados 15.999 testes e na unidade Arapiraca foram atendidas 21.515 pessoas e realizados 15.637 testes. Até o dia 28 de julho foram implantados 1.326 leitos, sendo 281 de UTIs, 994 clínicos e 51 intermediários. Além disso foram criados o “Alô Saúde Mental”, oferecendo um serviço de apoio psicológico aos alagoanos, e o “Alô Saúde”, para esclarecer dúvidas sobre a Covid-19, uma ferramenta da telemedicina que atende através do telefone 0800 082 0019 ou por meio de uma plataforma online, disponível em www.saude.al.gov.br.

Seplag
O secretário do Planejamento, Gestão e Patrimônio, Fabrício Marques, esclareceu que desde o início da pandemia sua pasta foi chamada pelo Governo do Estado para discutir as melhores estratégias e apoiar a Secretaria de Saúde no combate à Covid-19. “Ficamos com o papel de ajudar o Estado a estruturar o conjunto de informações e trazer evidências para tomarmos as decisões mais assertivas”, afirmou. O secretário afirmou que Alagoas foi considerado o Estado mais transparente do País em relação a dados do combate ao coronavírus.

Fabrício Marques lembrou que Alagoas foi um dos Estados mais afetados pelo início da pandemia, pelo fato de estar localizado vizinho a Pernambuco – um dos epicentros da Covid-19 no País. “Não tivemos o tempo que outros Estados tiveram para se planejar. Mas o trabalho vem demonstrando que Alagoas teve uma das estratégias mais bem feitas. Temos um dos menores números de mortes do País. Estamos, a aproximadamente 14 semanas, com redução contínua de óbitos”, afirmou.

O secretário disse ainda que Alagoas vem conseguindo, com base na estruturação de dados, propiciar ao gestor da Saúde a tomada de decisões assertivas. “Fomos um dos primeiros a publicar um decreto de isolamento, sendo o mais rígido possível. Ficamos por quase três meses sem nenhuma flexibilização e estamos, desde o início de julho, tomando decisões de forma muito prudente. O Estado construiu uma matriz de risco para essa tomada de decisão e vem, desde então, fazendo as transições necessárias”, destacou.

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