Secretário de Comunicação reflete sobre marketing político em evento

A proximidade das eleições deixa uma questão em evidência: Quais as estratégias de marketing político que virão a seguir? Para responder, o secretário de Comunicação, Ênio Lins, participou nesta terça-feira (8) do evento “É culpa da mídia”, que acontece até dia 10, na Universidade Tiradentes (Unit).

Com exemplos nordestinos, o secretário apresentou logo de cara a propaganda política de Tiririca, antes de ser eleito o terceiro deputado federal mais votado do país, que fez alusão à música do cantor Roberto Carlos sem autorização e por isso foi processado, deixando evidente a ausência de valores éticos empregados. Para comparação, dá-se um salto no tempo até as décadas de 1920 e 1930, com o cantor maceioense José Luiz Rodrigues Calazans, conhecido como Jararaca e sua música “Mamãe eu quero”. Uma marcha carnavalesca reconhecida por Hollywood na voz de Carmen Miranda.

A canção se alastrou ao longo de gerações e rendeu muito conteúdo ao marketing, e mais ainda após Jararaca resolver concorrer às eleições de 1947 e produzir sua propaganda política baseada na música. Uma versão modificada, voltada para o voto, o patriotismo e o “eu já sou grande, não quero mais mamar”.

Ênio explicou que isso acontece porque “o marketing faz parte do processo capitalista”. “Usar esse tipo de produto para obter vantagem ou se aproveitar da classe que se identifica não bate com a ética que é preciso ter”, afirmou. Com o objetivo de deixar uma reflexão para os estudantes, compostos em sua maioria por graduandos em publicidade e propaganda, ele deixou um questionamento: “O conceito de ética no marketing mudou para melhor ou não?”.

Merilane Fernandes, 23, ficou interessada na abordagem utilizada na palestra. “As duas comparações acontecem em tempos diferentes, mas acabam se colidindo. E, dado a situação política atual do país, é muito importante que nós, futuros profissionais da área, fiquemos atentos às estratégias de marketing, aos novos meios de pensar e agir, com valores éticos, e a mentalidade do eleitor na hora do voto”.

O secretário surpreendeu a todos por não se restringir a eventos de marketing político locais, mas sim optar por exemplos do Nordeste inteiro. Gabriel Fireman, um dos apresentadores e organizadores do evento, declarou que foi ainda melhor do que o esperado. “Deu para entender que é preciso estar sempre estudando e se atualizando, e que toda nossa busca por respostas pode ser encontrada no passado”.

Ascom – 09/05/2018

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