Secretaria de Saúde realiza seminário para discutir suicídio

Evento contou com a participação de psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais

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Em alusão ao Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, celebrado neste sábado (10), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) promoveu, nesta sexta-feira (9), o seminário ‘Conversando sobre o Suicídio: A Epidemia Silenciosa’. O evento aconteceu no auditório do Conselho Regional de Psicologia e reuniu psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais que trabalham na atenção básica. Essa é uma das ações da campanha ‘Setembro Amarelo’ para conscientizar e prevenir o suicídio.

O suicídio está sendo considerado um problema de saúde publica pelo elevado números de casos que têm surgido em todo o mundo. Segundo dados de 2012, da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil ocupa a 8ª posição no ranking mundial de suicídios, com, aproximadamente, 11 mil casos, e uma estimativa de 33 casos por dia. Em Alagoas, entre os anos de 2013 e 2015 foram contabilizadas 513 ocorrências, sendo o maior número de casos nos municípios de Maceió, Arapiraca e Palmeira dos Índios.

De acordo com Adalcyr Souza, psiquiatra e psicoterapeuta, a intersetorialidade deve existir para acolher de maneira mais correta as pessoas que tentaram o ato, para tentar ajudar e tirar o pensamento suicida.

“O assunto suicídio ainda é um tabu entre os próprios profissionais de saúde e a única forma de combater são os profissionais compreenderem tanto no aspecto social como o psicológico do indivíduo, que chega a unidade de saúde após uma tentativa ou buscando ajuda antes de cometer o ato. Os psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais devem procurar saber o que o leva ao comportamento suicida. Cada área tem uma colaboração fundamental a dar, para mudar esse quadro atual”, disse o palestrante.

O psiquiatra também falou que 97% das pessoas que tentam se suicidar possui algum tipo de doença mental relacionada.

“Cinquenta por cento das pessoas que cometem suicídio procuram o serviço de saúde um mês antes de cometer o ato. Uma das maneiras de prevenir o ato pode começar a ser feita pelos familiares e amigos que notarem mudanças de humor ou um quadro depressivo em alguma pessoa e fazer perguntas simples, como o que ela acha da vida ou se vale a pena viver. As respostas dessa pessoa irão mostrar algum sinal de que não está passando por um bom momento e que está precisando de ajuda”, orientou o médico.

As pessoas que estão precisando de ajuda podem procurar os serviços do Centro de Valorização da Vida (Cavida), por meio do telefone 141, além dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps).

João Victos Barroso – Agência AL

09/09/16

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