Saúde e Detran/AL unem forças pela preservação da vida

O Departamento Estadual de Trânsito de Alagoas (Detran/AL) revela que, somente nos últimos dois anos, já foram preservadas a vida de 260 alagoanos, por meio de ações educativas, fiscalizadoras e que envolvem obras estruturantes no tráfego de veículos terrestres.

Tal dado reforçou o interesse do titular da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Christian Teixeira, que, nesta segunda-feira (16), alinhou estratégias com a autarquia, como as que já estão em execução pelo Plano de Segurança Viário para Motociclista (PSVM). O Plano foi lançado em maio de 2016, como projeto-piloto em Arapiraca, segunda maior cidade de Alagoas.

Segundo o presidente do Detran/AL, Antônio Carlos Gouveia, no início foi aplicada uma pesquisa para identificar e entender os motivos que contribuíam para o alto número de acidentes envolvendo motociclistas. Em seguida, palestras e operações foram para as ruas à procura de condutores em situação irregular.

“Desde 2015, a Sesau já anunciava tragédias com motociclistas e nós ficávamos sem saber o que fazer para impedir isso. Então implantamos um laboratório em Arapiraca para realizar o estudo da situação, porque não sabíamos o local com mais incidência de acidentes. Iniciamos as ações conforme as estatísticas e os diagnósticos técnicos; em paralelo buscamos nos integrar com a comunidade acadêmica, com aceitação das universidades de São Paulo [USP] e Federal de Alagoas [Ufal]”, recordou o presidente da autarquia.

A potencialidade das ações que, além de preservar vidas, gera economia aos cofres públicos, despertou interesse do gestor da Sesau. Para ter uma ideia, conforme as pesquisas do Detran e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o custo anual do Estado com acidentes de trânsito em Alagoas alcança a cifra de R$ 270 milhões; 30% desse valor onera os recursos destinados à saúde.

“Com esse dinheiro poderíamos construir quatro hospitais com UTI [Unidade de Terapia Intensiva] ou comprar 1.680 ambulâncias com UTI móvel. Esse é o valor que o cidadão desperdiça quando dirige após consumir bebida alcóolica, extrapola os limites da velocidade, permite que um menor de idade conduza a moto, pensa ser besteira dirigir sem habilitação, desrespeita as regras no trânsito, não utiliza capacete e outros equipamentos de segurança”, destacou Christian Teixeira.

Mesmo muito recente, o resultado das ações do PSVM já começam a serem sentidos no maior hospital público de Alagoas. Em 2012, o HGE atendeu 11.443 vítimas da violência no trânsito, sendo 4.280 acidentes envolvendo motos. Em 2016, o quantitativo caiu para 9.410, sendo 4.223 envolvendo esse mesmo veículo. Ou seja, a redução foi de 17%, sendo 1,3% entre os motociclistas.

“Os hospitais são os termômetros que indicam se as ações do Plano estão seguindo o rumo certo, ou não. Quando a situação no trânsito vai mal, quem ‘paga o pato’ é a Saúde. É importante considerar que, em média, um politraumatizado exige um custo médio de R$ 100 mil, justificados pelas diárias de UTI, medicações, profissionais e várias outras necessidades. Além de outras várias necessidades após a alta médica”, atentou o supervisor de trânsito da Sesau, Eloy Yanes.

Contudo, o titular da Sesau se mostrou satisfeito com a integração, considerada pelo Detran/AL pioneira entre as gestões da Saúde em Alagoas. “É importante que construamos pontes, que sejamos criativos e em sintonia. Nós devemos responder aos impostos com melhores serviços que visem à preservação da vida dos alagoanos”, concluiu.

Ascom – 16/10/2017

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