Rodrigo Cunha relata projeto que oferta crédito para empresas utilizarem energia solar e reduzirem conta de eletricidade

 

A tarifa de energia elétrica no Brasil já aumentou 24,97% somente em 2021, segundo dados divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A elevação dos preços estaria ligada às consequências da pior crise hídrica do país em mais de 90 anos, uma vez que a principal matriz de geração de eletricidade no país é a hidrelétrica. Os brasileiros, inclusive os alagoanos, sentem no bolso o peso do elevado custo da conta mensal de energia. Muitos chegam a não mais poder pagar pelo fornecimento de eletricidade, problema que vem impactando também negativamente o custo operacional das empresas locais e nacionais.

No caso de clientes como as pessoas jurídicas, uma proposta em tramitação no Senado Federal busca criar um mecanismo para incentivar estes consumidores a instalarem sistemas de captação de energia solar. Trata-se do Projeto de Lei (PL 3.386/2021) que cria o Programa de Incentivo ao Desenvolvimento da Energia Eólica e da Solar Fotovoltaica (Pides), e que conta com a relatoria do senador Rodrigo Cunha (PSDB). A medida objetiva ofertar financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sem muita burocracia e com juros reduzidos, para a contratação a instalação de painéis de energia fotovoltaica, ou seja, gerada através da captação da luz do sol. A medida também poderá beneficiar produtores rurais e MEIs (Microempreendedores Individuais), entre outros públicos.

“Cabe ao BNDES financiar a atividade empresarial e de fomento aos negócios no Brasil. O acesso à energia solar já é uma realidade, mas ainda a um preço muito alto para todos, inclusive para os diversos segmentos da atividade econômica. Por isso, neste Projeto que conta com nossa relatoria, queremos garantir acesso a crédito, com taxas reduzidas e de forma ágil, para que sejam adquiridos e instalados kits de energia solar com recursos deste Banco. Vamos fazer o máximo no Senado para transformar esta proposta em realidade, dando nossa colaboração e buscando fazer com que este recurso possa fazer com que aumentemos no Brasil e em Alagoas a geração de energia solar buscando alternativas para a redução da conta de energia das empresas”, destacou Rodrigo Cunha.

O alto custo da energia tem representado um dos principais gargalos da indústria, do comércio e para o desenvolvimento do ambiente de negócios no Brasil. A adoção de um sistema de energia solar, seja para geração de eletricidade pode reduzir a conta de energia mensal em até 90%. No caso dos equipamentos fotovoltaicos, o retorno do investimento se dá num prazo que varia de quatro a cinco anos, dependendo da região do país – basicamente, quanto mais alta a tarifa de energia de determinada localidade, mais rápido o investimento se paga.

O Brasil ainda tem uma dependência muito grande da fonte hidrelétrica em sua matriz energética, mas esta dependência está se reduzindo ao longo dos tempos. Para se ter uma ideia, há 20 anos, 85% de toda a energia elétrica gerada no Brasil era originária da fonte hídrica. Hoje em dia, são 65% e 20% complementado por outras fontes. E a energia solar é a que mais cresce no Brasil. Por estar situado próximo a linha do Equador, o país tem excelentes níveis de insolação e de irradiação solar e deve aumentar sua geração e seu consumo de energia proveniente desta fonte.

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