Retomada da construção de Angra 3 é tema de debate nesta quarta

Divulgação/Eletronuclear
Foto de uma construção à beira mar
De acordo com a Eletronuclear, mais de 60% das obras estão concluídas

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados discute nesta quarta-feira (29) a retomada de construção da usina nuclear de Angra 3.

Localizada na praia de Itaorna, em Angra dos Reis (RJ), essa será a terceira usina da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA). “Quando entrar em operação comercial, a nova unidade com potência de 1.405 megawatts, será capaz de gerar mais de 12 milhões de megawatts-hora por ano, energia suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte durante o mesmo período”, informa o deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), que pediu a realização do debate.

Ribeiro lembra que as obras de Angra 3 estão paradas desde 2015 por denúncias de corrupção. “A primeira paralisação da construção aconteceu ainda em 1986, dois anos após o início das obras, quando o País atravessava uma crise econômica que afetou a área de infraestrutura e implicou na desaceleração dos investimentos no setor”, relembra. Retomada em 2010, a obra foi novamente interrompida em 2015, por falta de dinheiro para terminar o projeto.

Em fevereiro deste ano, a Eletronuclear informou que foi assinado um contrato com o consórcio formado por Ferreira Guedes, Matricial e Adtranz, que permitirá a retomada das obras da usina.

“No entanto, as obras continuam paradas. Precisamos saber quando as obras serão de fato retomadas, se os valores desembolsados até aqui estão dentro da previsão orçamentária inicial para a execução do projeto, e se teremos alguma garantia de que após reiniciada, as obras não serão novamente paralisadas”, resume Aureo Ribeiro.

Debatedores
Foram convidados para debater o assunto na comissão, entre outros:
– o diretor técnico da Eletronuclear, Ricardo Luís Pereira dos Santos;
– o chefe do departamento de Parcerias em Infraestrutura Econômica e Desinvestimentos do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), Guilherme de Lemos Medina Coeli;
– um representante do Ministério de Minas e Energia; e
– um representante do consórcio formado por Ferreira Guedes, Matricial e Adtranz.

A audiência será realizada a partir das 17 horas, no plenário 11. Os interessados poderão acompanhar o debate ao vivo, inclusive enviando perguntas e sugestões, pelo portal e-Democracia.

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