Encontrar registros do passado, com críticas de ambos os lados, não é uma tarefa das mais difíceis. Mas política, como ensinam os mais sábios, muda como as nuvens.
Momentos diferentes, conjunturas diversas, podem separar aliados e unir antigos desafetos.
A política alagoana – e brasileira – está cheia destes exemplos. Temer era o vice dos sonhos de Dilma Roussef. Isso há menos de três anos. Hoje, quanta diferença…
É do jogo. Se o governo vai bem, atrai. Se mal, afasta.
Prefeitos de Alagoas que deixaram o PSDB para engrossar as fileiras do governo Renan Filho, repetem que mudaram porque o governador está fazendo um bom trabalho.
Com Régis Cavalcante, não é muito diferente. Confirmado como futuro secretário de Ciência e Tecnologia, o ex-deputado avalia que RF vive um bom momento: “o governador vem acertando, se destacando em todo o país pela boa gestão. Nós conversamos sobre um projeto para Alagoas e o PPS pode somar com esse caminho que vem dando certo”, pondera.
O governador, ao comentar a entrada de Régis na sua base, diz que conversou com ele e juntos analisaram as divergências do passado. O que pesou foi o interesse de fortalecer um projeto por Alagoas: “o Régis é um excelente quadro, tem qualidades, é bem relacionado na política, na universidade, em vários outros campos. Ele qualificaria qualquer gestão”, diz Renan Filho.
No próximo dia 7
A posse do novo secretário de Ciência e Tecnologia será no próximo dia 7, pela manhã, no Palácio dos Palmares. Régis Cavalcante, futuro secretário, combinou a data com o cerimonial do governo e com o atual secretário Pablo Viana, que terá assim, tempo para cumprir ainda como secretário, importantes eventos já agendados.
Presidente do PPS em Alagoas, Régis revela que aceitou o convite para assumir a SECTI após conversar com Renan Filho sobre um projeto de desenvolvimento para Alagoas: “acredito que posso contribuir com o estado, especialmente na área de Ciência e Tecnologia, que é tão carente de investimentos”, aponta.
Diálogo interno no governo e com todos os setores da sociedade, além da busca de recursos fora do estado é o que promete o futuro secretário da SECTI: “vamos buscar com a nossa experiência e a capacidade de articulação mais recursos, tanto aqui quanto em Brasília”, aponta Régis.
2018?
Régis ainda não definiu se disputará ou não algum cargo no próximo ano: “Não é o momento de falar sobre eleições. Claro que estaremos juntos com o governador no próximo ano, que deve ser candidato à reeleição. Até lá vamos reorganizar o PPS e discutir como será nossa participação no processo”, resume.
Régis antecipa que partido pretende sim participar com candidatos nas eleições proporcionais (federal e estadual) em 2018, seja em chapa própria ou através de coligação.
Se ele estará entre estes candidatos? Eu apostaria que sim.
Edivaldo Júnior
