Reeducandos produzem alimentos orgânicos dentro do presídio

A laborterapia é um vetor fundamental para profissionalizar os reeducandos e garantir a reinserção no mercado de trabalho após o cumprimento das penas. No presídio Cyridião Durval, uma iniciativa da Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) tem melhorado a qualidade da alimentação no cárcere, estimulado o acesso ao conhecimento e profissionalizado os internos.

Com uma área de 982 m², a horta do Cyridião Durval produz tomate cereja, coentro, couve-flor, cenoura, quiabo, pimentão, cebolinha, beterraba e berinjela. Tudo plantado sem a utilização de agrotóxicos, o que garante a melhoria da qualidade dos alimentos servidos à população carcerária, uma vez que a produção e o cultivo são destinados à cozinha do complexo penitenciário.

O chefe da unidade prisional, agente penitenciário Eduardo Gouveia, explica que o projeto já existe há algum tempo, mas está sendo ampliado. “Atualmente, seis custodiados trabalham na horta. As sementes, geralmente, são doações. Os servidores sempre apoiam a iniciativa trazendo sementes para o plantio. Mais do que um trabalho, temos uma terapia para os internos”.

Horta no sistema prisional 

Além da horta do Cyridião Durval, o complexo penitenciário possui um espaço exclusivo para o plantio e produção dos alimentos. Com nove hectares, no espaço são cultivados diversos alimentos, como batata-doce, macaxeira, pepino, pimentão, berinjela, couve, coentro e melão. Só em 2016 foram produzidas 43 toneladas de mantimentos agrícolas.

Além de servir como atividade terapêutica, uma vez que retira os reeducandos da ociosidade e fortalece a política de ressocialização, o trabalho com a terra traz outros benefícios. Pela atividade executada os internos têm suas penas remidas, garantem renda para sustentar a família, são profissionalizados e preparados para o mercado de trabalho.

Ascom – 10/10/2017

Sair da versão mobile