Quero ser candidato, mas não depende de mim, diz Alckmin

“Quero ser candidato, mas não depende de mim, depende do interesse coletivo, depende do partido”, disse o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), no fim da manhã de hoje, em bate-papo com André Lahóz Mendonça de Barros, diretor da redação de EXAME, durante o EXAME Fórum.

Para ele, mais do que um candidato jovem ou não, o que é novo na política é falar a verdade e defender o interesse coletivo que diz ser órfão no Brasil. “Corporações tomaram conta do Brasil, tanto do lado estatal quanto do privado”, disse.

Caso seja mesmo o candidato tucano à Presidência da República nas eleições de 2018 e vença, Alckmin disse que o primeiro ano de um governo é sempre decisivo.

Com vantagem da legitimidade que as urnas, dentro de um sistema presidencialista, dão ao presidente da República, o governador de São Paulo – defensor do parlamentarismo – disse que trabalharia pela reforma da previdência (caso ainda não tenha sido aprovada) e pela reforma tributária como seus principais objetivos.

Além disso, citou uma a necessidade de reforma administrativa. “O Brasil tem 150 empresas estatais”, disse.

Simplificar o complexo sistema tributário é urgente, defendeu. “Não é possível continuar com esse modelo. A questão fiscal é o grande imbróglio. Com uma boa política fiscal sobra espaço para investir”, disse.

De acordo com ele, seu governo teria uma política fiscal rigorosa que permitiria uma política monetária compatível com investimento, juros baixos e câmbio.

Sobre o ambiente de radicalização e polarização do cenário político brasileiro, o governador disse que segue um conselho que recebeu do seu pai, após o último comício que fez em sua primeira campanha a prefeito de Pindamonhangaba (SP) quando havia criticado fortemente o seu oponente.

“Perguntei o que ele tinha achado e ele me disse: meu filho, os possíveis equívocos dos seus adversários não aumentam as suas virtudes.” Política, disse Alckmin, precisa ser feita com civilidade.

04/09/2017

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