Queijo de Tiradentes é eleito o melhor de Minas Gerais

O concurso, que fez parte da feira Megaleite, premiou a produtora Lúcia Maria Resende

O vencedor do 9º Concurso Estadual do Queijo Minas Artesanal foi o queijo produzido na região do Campo das Vertentes, na cidade histórica de Tiradentes.
O vencedor do 9º Concurso Estadual do Queijo Minas Artesanal foi o queijo produzido na região do Campo das Vertentes, na cidade histórica de Tiradentes.

Saiu o resultado do 9º Concurso Estadual do Queijo Minas Artesanal. A premiação é uma das principais atrações da feira Megaleite 2016, realizada no Parque da Gameleira.

Ao todo, participaram da disputa 27 produtores de queijos de sete regiões: Serro, Serra da Canastra, Araxá, Campo das Vertentes, cerrado, Triângulo Mineiro e Serra do Salitre, todos eles classificados após vencerem os concursos regionais do Queijo Minas Artesanal.

O primeiro lugar ficou com a região do Campo das Vertentes. O queijo vencedor é produzido por Lúcia Maria Resende, de Tiradentes. Na 2º colocação venceu o queijo do produtor José Maria de Oliveira, de Rio Paranaíba, do cerrado. Em 3º e 4º lugares ficaram para Serra do Salitre, com os produtores Geraldo Moreira da Silva e José Baltazar da Silva. Por fim, na 5º colocação, Reinaldo de Faria, de Vargem Bonita, da região da Serra da Canastra.

O secretário de estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Cruz Reis Filho, acredita que a premiação é uma forma de coroar o trabalho dos pequenos produtores mineiros e reconhecer o valor do queijo artesanal no estado. “Temos certeza que é um grande estímulo para os produtores continuarem aprimorando seus processos de produção. Do ponto de vista econômico, agrega muito valor à atividade rural. Do ponto de vista social, tem uma importância extraordinária, já temos um grande número de produtores e familiares envolvidos nessa atividade”, afirma o secretário.

Os produtos foram avaliados de acordo com os critérios de apresentação, cor, textura, consistência, paladar e olfato. A disputa foi coordenada pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG). Todos os produtores participantes tinham queijarias cadastradas no Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). O reconhecimento das regiões é respaldado por estudos que avaliam o processo de fabricação e as características peculiares do local de origem, como a história, a economia, a cultura e o clima, entre outros.

Vencedores

Geraldo Moreira, que ficou em terceiro lugar, acredita que esta será uma oportunidade para que seu queijo seja conhecido até mesmo em outros países a partir de agora. “Já participei outros anos e, quando não me classificava, acabava melhorando as técnicas de produção. Produzo queijo desde criança, é uma coisa que vem da minha família, meu pai já era produtor. Espero que ele chegue agora em lugares ainda mais distantes que a Serra do Salitre”, comemora o agricultor.

Produtor de queijo canastra artesanal há 26 anos e membro da Associação dos Produtores de Queijo Canastra, Reinaldo Faria foi premiado em 5º lugar. Ele acredita que o destaque para o seu produto se dá graças à boa parceria entre o negócio familiar e a capacitação oferecida pela Emater. “Eu e meu filho produzimos 25 peças de queijo por dia e fazemos vários cursos de boas práticas e de cuidado com o gado, para sempre melhorarmos nosso modo de fazer. Dessa forma, conseguimos alcançar também, ainda este ano, o 1º lugar do concurso regional do queijo artesanal”, conta Reinaldo.

Patrimônio

O modo artesanal da fabricação do queijo foi registrado como patrimônio cultural imaterial brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A iguaria mantém as características de produção artesanal, a partir de mão de obra familiar, com produção em baixa escala e utilização de leite cru. Minas Gerais possui hoje 304 queijarias cadastradas no IMA, que podem comercializar queijos artesanais dentro do estado.

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