Queda do governador Divaldo Suruagy em 1997

O déficit nas contas públicas fez com que o governo do estado atrasasse nove meses a folha de pagamento, gerando greves e manifestações contra o governador Divaldo Suruagy.

Manifestantes derrubam a grade da praça. Foto: Adailson Calheiros

Durante o terceiro e último governo de Divaldo Suruagy, Alagoas viveu uma das suas maiores crises.

Manifestantes enfrentam as forças do Exército – Foto: Dárcio Monteiro

Fruto do Acordo dos Usineiros e do arrocho fiscal estabelecido pelo Plano Real, o déficit nas contas públicas levou o governo do estado a atrasar nove meses a folha de pagamento dos servidores públicos.

No 17 de julho de 1997, depois de muitas greves e protestos, uma manifestação de servidores públicos composta principalmente por policiais civis e militares cercou a Assembleia Legislativa exigindo o afastamento do governador.

Após perder a praça, o Exército recua para proteger a Assembleia Legislativa. Foto: Gilberto Farias.

 

 

O Exército havia colocado vários soldados para proteger a sede do poder legislativo e a Praça D. Pedro II, que era cercada por grades de ferro.

Como resposta, manifestantes armados invadiram a Biblioteca Pública e ficaram em posição de tiro nas suas janelas superiores.

Com os deputados sitiados na Assembleia, os manifestantes derrubaram as grades e invadiram a praça.

Foram ouvidos vários tiros durante a derrubada das grades da praça. Houve tumulto e oito pessoas ficaram feridas.

Diante da possibilidade da invasão da Assembleia, às 13h35, os deputados votaram às pressas o pedido de afastamento por seis meses do governador.

O vice-governador Manoel Gomes de Barros assumiu o governo.

Percebendo que não havia mais condições de retornar ao governo, Divaldo Suruagy apresentou sua renúncia no início 1998.

Manifestantes se protegem de tiros

 

Invasão da Praça D. Pedro II

 

História de Alagoas

Confira nossa galeria completa.

Sair da versão mobile