Parceria entre Tribunal de Justiça e ONG Turma do Bem pode promover tratamento ortopédico, odontológico e estético para mulheres.
Um projeto do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) em parceria com a ONG Turma do Bem tem ajudado as vítimas com tratamento ortopédico, odontológico e estético. O projeto existe há três anos e age quando a mulher agredida faz o boletim de ocorrência.
Caso a vítima tenha sofrido qualquer dano estético, ela poderá ser encaminhada para um tratamento ou para uma cirurgia reparadora.
A juíza Domitila Manssur explica que o objetivo é “permitir que as mulheres e meninas, familiares também, vítimas de violência doméstica e familiar, encontrem espaço para reparação estética, ortopédica e odontológica no sistema público”.
Desde 2016, o projeto atende também mulheres transexuais. É o caso da estudante Daniela de Castro, que, em função de agressões, estava há nove anos sem os dentes.
“Uma dessas vezes [agressões] aconteceu uma coisa mais grave, eu tive meu maxilar quebrado, lembro que cheguei a desmaiar. Acordei já no hospital. Quando eu levantei da cirurgia, o médico me falou eu que tinha perdido alguns dentes e eu passei a usar dentadura”, disse. “Agora é maravilhoso, só sorrisos. Vida nova”, comemora Daniela.Depois do útero, a boca é a parte do corpo mais agredida nas mulheres. O programa de recuperação dos dentes das vítimas já atendeu 650 pacientes, sendo que onze ainda estão em tratamento.
A cada quatro minutos, uma mulher dá entrada no Sistema Único de Saúde (SUS) por sofrer violência doméstica.
g1
21/03/2017