Prefeitura é investigada por aumento no consumo de combustível de 150 mil para 600 mil litros

A prefeitura de Boca da Mata, umas das 14 prefeituras investigadas pela Polícia Federal em Alagoas, durante a operação “Sesmaria Alagoana”, aumentou o consumo de combustível dos veículos oficiais municipais de 150 mil litros para 600 mil litros, um aumento de 300% em poucos meses, de acordo com o cruzamento de dados feito pelos investigadores federais. Outro caso que também chamou a atenção da Polícia Federal foi o consumo de óleo diesel: subiu de 200 mil litros para 480 mil litros sem uma justificativa convincente.
Como os envolvidos pertenciam a gestões de diferentes cidades, mas agiam de maneira similar, foi constatado que eles podem ter formado uma organização criminosa, onde suspeita-se que tenha sido desviado cerca de R$ 10 milhões em fraudes aos cofres públicos. Nove pessoas já foram afastadas de seus cargos públicos, incluindo o secretário de finanças de Boca da Mata, que também é proprietário do posto de combustível supostamente envolvido no esquema. As informações foram passadas em entrevista coletiva na sede da PF, no bairro de Jaraguá, em Maceió, nesta terça (27), pela manhã.
O prefeito Gustavo Feijó informou que uma nota sobre a operação será publicada no site da Prefeitura de Boca da Mata.
Valor de contrato aumenta 41% em poucos meses
Outro caso divulgado foi o aumento abusivo de preços dos veículos locados para auxiliar a população, como por exemplo, um ônibus escolar alugado que teve o valor reajustado de R$ 4950 para R$ 7 mil, em poucos meses. Segundo as notas de abastecimento de um dos carros, ele ficou funcionando sem desligar nem para fazer manutenção, desde 2013, ano em que o contrato foi firmado.
Os cerca de 175 agentes da PF-AL agiram em conjunto com a Receita Federal do Brasil (RFB) e a Controladoria-Geral da União (CGU), onde bens de luxo que pertenceriam aos suspeitos também foram apreendidos. Cerca de 40 carros, oito embarcações, casas de praia e até uma fazenda foram alvos dos investigadores.
Todas as informações foram confirmadas pelos responsáveis da investigação, Moacir Rodrigues de Oliveira, da CGU; Luciano Patury, delegado da PF e coordenador da operação; Agnaldo Mendonça, delegado da PF da delegacia de Crime Organizado; Francisco Tavares, delegado adjunto da Receita Federal; e Rolando Alexandre de Souza, Delegado superintendente da PF AL, durante entrevista coletiva realizada na sede do órgão no estado, em Maceió.

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