Prefeito Rui Palmeira demite servidor que acabou com “farra de licitações”

O prefeito de Maceió Rui Palmeira demitiu o advogado Ricardo Wanderley, agora ex-diretor-presidente da Agência Municipal de Regulação de Serviços Delegados (Arser). A exoneração de Wanderley aconteceu na quarta-feira, 19, e foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM). O advogado é conhecido pelo seguinte feito: promover uma economia recorde de R$ 180 milhões aos cofres públicos.

Um dos aliados mais próximos de Palmeira, Wanderley criou blindagem contra interferências externas sobre licitações e contratos no segundo mandato tucano. Apesar do bom trabalho, Palmeira o exonerou após conversa de 20 segundos. Mas a saída do advogado teve muito mais a ver com questões políticas do que a sua eficiência no cargo. Ou seja, aquelas velhas tramoias de bastidores que envolvem poder e ganância.

Desde quando entrou na agência, a Arser virou alvo de guerra política entre aliados do prefeito e Ricardo Wanderley. Segundo o ex-servidor municipal, sua saída porque sua postura e conduta já não mais atendiam ao perfil que o prefeito espera e deseja para a sua equipe. A declaração foi feita à imprensa local.

Mas a exoneração de Ricardo Wanderley teria relação direta com outra demissão: do ex-titular da Superintendência da Limpeza Urbana (Slum), Jean Carlos Gomes Ferreira da Silva, após recomendação do Ministério Público Estadual de Alagoas (MP/AL), diante da apuração de promotores da Fazenda Pública Municipal sobre indícios de irregularidades identificadas, com base em informações sobre os serviços da coleta de lixo repassadas de modo transparente pela Arser.

Conforme fofocas de bastidores, Ricardo Wanderley entrou em choque com Jean Carlos. Isso porque a Slum trabalhava para fazer outro contrato emergencial mantendo as atuais empresas, alvos de suspeitas desde a gestão do ex-prefeito Cícero Almeida (PHS). Em contraponto, Ricardo Wanderley trabalhava, desde o ano passado, para formalizar os contratos da limpeza urbana através de licitação.

Sob pressão do MP, o superintendente da Slum acabou sendo exonerado “a pedido”, na segunda-feira, 17. E, o mesmo se repetiu com Ricardo Wanderley, no dia seguinte, após a breve conversa do gestor da Arser com o prefeito tucano. O substituto do diretor-presidente da Arser é Rodrigo Borges Fontan, que deixou o cargo de adjunto da Secretaria de Controle Interno.

Os apelos do ex-superintendente da Slum, Davi Maia, e do secretário municipal de Economia, Fellipe Mamede, também pesaram sobre a decisão de Rui Palmeira de dispensar o diretor da Arser. Ambos cobraram uma reação imediata para o “incidental” causador da queda de Jean Carlos. No entanto, Davi Maia, que disputa sua primeira eleição para o mandato de deputado estadual, declara ser amigo de Wanderley.

Com A Notícia

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