Por onde anda o Pablo do ‘Qual é a Música’?

No final da década de 70, Silvio Santos introduziu um novo quadro em seu programa dominical, que se tornaria um dos grandes clássicos de sua imensa carreira: o Qual é a Música era uma gincana onde convidados disputavam algumas provas de conhecimentos sobre música brasileira, e em uma dessas provas tornou um personagem conhecido nacionalmente, e ainda reconhecido até hoje, mais de 30 anos após sua última apresentação no programa. Ele é o dublador Pablo, um personagem com o rosto pintado com tintas coloridas e glitter, numa maquiagem diferente a cada programa.

Seu nome real é Augusto Jose Rodriguez Carrascal, e ele chegou ao Brasil com a família aos 17 anos de idade, vindo da Espanha. Tanto o nome “Pablo” quanto a ideia para o visual do personagem vieram do próprio Silvio Santos, que o convidou para integrar o Qual é a Música depois que Pablo venceu um concurso de talentos em 1976, dublando Ney Matogrosso, revela o MSN.

Nos primeiros programas, Pablo dublava tanto cantores quanto cantoras, daí o seu visual andrógino, mas logo ele ganhou uma colega para fazer as vozes femininas, chamada Virgínia. Durante essa época, ele também era produtor do Show de Calouros, e foi, segundo ele, responsável por colocar a Gretchen no programa, o que fez a carreira dela decolar.

Além da sua participação no programa do Silvio, ele também chegou a gravar dois discos cantando em “portunhol”, como ele mesmo diz. Também produziu espetáculos e apresentou um concurso de Miss.

Sua participação no Qual é a Música durou até 1984, quando ele voltou para a Espanha com a família. Outros artistas assumiram o papel de Pablo no programa, mas nenhum é tão lembrado quanto ele.

No velho continente, ele também adotou o nome artístico Pablo, e fez muitos shows por toda a Europa, principalmente França e Suíça. Além de cantor e dublador, ele foi coreógrafo, bailarino, diretor, manipulador de bonecos e até teve um atelier onde fazia roupas para espetáculos em geral.

Seu sumiço da TV brasileira gerou o boato de que ele havia morrido em 1996, o que rendeu uma notícia publicada por um jornal de São Paulo. Quando ficou sabendo dessa história, ele tentou voltar ao Brasil para desmentir, mas uma série de tragédias pessoais o impediram. Ele só conseguiu voltar em 2012, quando morava em Londres, e chegou a encontrar seu mentor Silvio Santos e participar de programas de TV.  Hoje, aos 61 anos, ele está de volta à Europa, onde faz shows em boates e cruzeiros. Morando em Lausanne, na Suíça, ele diz que apesar de amar o Brasil, não fica por aqui por medo da violência e falta de segurança.

21/12/2017

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