Polícia Civil investiga morte de doutorando da UFF em assalto a bar

Polícia Civil investiga morte de doutorando da UFF em assalto a bar

A Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) está em busca de câmeras de segurança que possam ajudar nas investigações da morte do produtor cultural e doutorando da Universidade Federal Fluminense (UFF), Rafael Lages Pereira, de 40 anos. Ele morreu na madrugada deste domingo em um assalto a um bar na Rua Visconde de Morais, no Ingá, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.

De acordo com o delegado Fábio Barucke, da Delegacia de Homicídios de Niterói, pouco tempo antes do assalto ao bar “BISC8”, os assaltantes sequestraram o motorista do Uber Leonardo de Vasconcelos de Paula, no Largo da Batalha e tentaram convencê-lo a levá-los até sua residência. No entanto, no caminho, mudaram de ideia. Ao chegar no Ingá, em frente ao bar “BISC8”, os bandidos iniciaram um roubo na frente do estabelecimento. O delegado disse ainda que Rafael, dentro do bar, teria se levantado, sendo baleado no peito logo em seguida. Leonardo teria aproveitado este momento para sair correndo. Depois, o motorista do Uber acionou a Polícia Militar, informa o Extra.

O delegado ainda afirmou que ouviu testemunhas do crime, inclusive o motorista que teve o carro roubado no Largo da Batalha. A perícia já foi realizada no local e os criminosos estão sendo procurados.

O músico e jornalista Pedro de Luna soube da morte de Rafael pela manhã ao ser avisado por um amigo em comum. Eles se conheciam há anos e nutriam a paixão pela música com apresentações das bandas em que participavam desde a adolescência e no trabalho cultural na cidade. Pedro, mesmo morando em São Paulo atualmente, tem acompanhado o aumento da violência em Niterói.

— Ele era muito tranquilo. O Rafa estava num bar, tomando uma cerveja, e de repente leva um tiro no peito sem ter nada com o que estava acontecendo – conta Pedro. – A gente que trabalha na noite, fica preocupado. Nós éramos muito novos e não tínhamos medo algum de andar pelo Ingá. É estarrecedor ver como mudou. Esse bar fica em frente a um ponto de ônibus, em frente a uma escola, ao lado da faculdade de Direito da UFF. Não é um lugar sinistro, é um lugar de grande movimentação. Ele não é o primeiro e nem é o último que se vai — afirmou.

Nas redes sociais, amigos do produtor cultural lamentaram a morte dele. “Um cara incrível, que me ensinou muito sobre música, sobre filmes, um papo divertido, sempre uma boa companhia”, escreveu uma amiga de Rafael Lage Pereira, de 40 anos, morto em um assalto a um bar, na madrugada deste domingo, no bairro do Ingá, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. O doutorando em Comunicação foi atingido por um tiro no peito e chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para o Hospital Estadual Azevedo Lima, no Fonseca, mas não resistiu ao ferimento.

“Nossas cervejas de manhã, quando todos estavam tomando café, nossas idas ao CCBB, os e-mails trocados para falar do início da sua rádio – a Microfonia -, são as lembranças boas que vou guardar sempre”, acrescentou a amiga em uma das várias homenagens que o produtor cultural recebeu em uma rede social.

“R.I.P. Rafael Lage, músico talentoso e companheiro de vários shows em Nikiti. Mais uma vítima da violência em uma Niterói que há tempos não é mais a mesma”, escreveu outro amigo da vítima.

“Rafael era mil vezes melhor produtor que eu, mil vezes mais engraçado que eu, mil vezes mais inteligente que eu e mil vezes melhor companhia de bar que eu. Ontem a vida dele terminou de forma estúpida. Ontem a gente estava aqui trocando like em facebook como se não houvesse amanhã e ontem mesmo uma bala perdida o acertou. Estávamos certos e não havia amanhã”, escreveu uma pessoa próxima de Rafael.

A empresa onde o produtor cultural trabalhava publicou uma nota de luto em sua página no Facebook. De acordo com a “Ponte Plural”, Rafael “deixa alegrias e sonhos a serem seguidos.

28/05/2017

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