Prefeito é figura invisível em reuniões e encontros sobre a situação do bairro
Foto: Pei Fon/ Secom Maceió
A situação do bairro do Pinheiro, em Maceió, está mais precária a cada dia que passa. Além do abandono do governo do prefeito Rui Palmeira, moradores sofrem com o medo e a ausência de atenção dos órgãos competentes que deveriam estar prestando auxílio aos residentes. Estima-se que cerca de 20.000 pessoas e 2.500 residências sofrem com o afundamento do bairro na capital alagoana; três escolas municipais que funcionavam nas mediações do Pinheiro foram desativadas.
Enquanto isso, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira, passa o tempo em viagens e colocando toda a responsabilidade do Pinheiro nas costas do vice-prefeito Marcelo Palmeira e do coordenador de Defesa Civil de Maceió Dinário Lemos, que chega a ficar aos prantos com a situação. Para se ter uma ideia, o prefeito não esteve presente em reuniões das associações de moradores que discutem os últimos acontecimentos. O protagonismo de ajuda ao bairro está vindo da Assembleia Legislativa e da Câmara de Vereadores.
Entre as principais promessas da prefeitura é de que a Defesa Civil disse que instalaria uma base no Pinheiro, mas até agora não houve esta instalação. Nenhum mapeamento de casas que foram abandonadas foi feito para que a segurança fosse reforçada. Um ofício foi encaminhado ao prefeito Rui Palmeira para que se instalassem câmeras de segurança e o pedido também não foi atendido. O bairro carece de uma base de Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o Samu.
E para os moradores, o plano de evacuação foi um desastre. Residentes acamados, idosos e deficientes não teriam como chegar até as áreas de evacuações propostas pela Defesa Civil. As primeiras rachaduras surgiram em ruas do Pinheiro após chuvas fortes e um tremor de terra em fevereiro de 2018. Órgãos municipais, estaduais e federais fazem estudos na região, mas ainda não se sabe a causa do problema.
Neste mês, foi decretado estado de calamidade pública no Pinheiro e em dois bairros vizinhos; Mutange e Bebedouro que também estão ameaçados ao afundamento.
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