PF deflagra Operação Positus, contra fraudes no Fundo de Pensão dos Correios

Bras’lia - A Pol’cia Federal (PF) prendeu, na manh‹ de hoje (29), pelo menos 20 pessoas, durante a Opera‹o Monte Carlo, que desmontou uma quadrilha que explorava m‡quinas caa-n’queis e pagava propina para agentes pœblicos de segurana. Entre os presos est‡ o chefe do grupo, Carlinhos Cachoeira, empres‡rio de Goi‰nia. os Agentes chegam ˆ sede da PF com material apreendido e pessoas detidas na Opera‹o Monte Carlo

A Polícia Federal deflagrou nesta manhã (17) a Operação Positus1, para apurar fraudes na gestão de recursos do Postalis – Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos, que podem ter causado um prejuízo de cerca de 180 milhões de Reais ao fundo de pensão.

A PF cumpre sete mandados de Busca e Apreensão em três estados e no Distrito Federal, sendo dois em São Paulo/SP, três em Brasília, um em Belém/PA e um em João Pessoa/PB.

A pedido da PF, a 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo também expediu um mandado de prisão preventiva para o principal investigado, ex-gestor dos fundos de investimento de recursos do Postalis, que estaria vivendo nos Estados Unidos. Os investigadores apuraram que há alguns meses ele requereu passaporte italiano em Miami e há dois meses viajou para a Espanha. Ele não foi localizado e seu nome foi incluído na lista vermelha de procurados internacionais da Interpol. A PF trabalha em cooperação policial com as polícias americana, italiana e a Interpol para localizá-lo e prendê-lo.

Foram bloqueados imóveis dos investigados, visando futuro ressarcimento dos prejuízos causados aos fundos.

O inquérito policial foi instaurado em 2012 e identificou que dois fundos de investimentos do Postalis, contendo mais de 370 milhões de Reais em recursos aplicados, foram geridos de forma fraudulenta. As transações eram ordenadas por uma administradora de valores com sede em São Paulo, porém, executadas na cidade de Miami, nos Estados Unidos. A fraude consistia na compra de títulos do mercado de capitais, por uma corretora americana, que os revendia por um valor maior para empresas com sede em paraísos fiscais ligadas aos investigados. Em seguida, os títulos eram adquiridos pelos fundos do Postalis com um aumento ainda maior no valor do título. Assim, em um período de poucos dias e, sem justificativa, a aquisição era feita por um preço mais de 60% maior do que o real valor de mercado.

As buscas de hoje visam localizar novas provas e identificar o destino dos recursos desviados.

Os investigados responderão pelos crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira, apropriação de recursos de fundos e lavagem de dinheiro, com penas que variam de 2 a 12 anos de prisão.

Haverá entrevista coletiva às 10h30 no auditório da Superintendência da PF em São Paulo.

1 A palavra “postal” provém do latim “positus”, nome dado aos postos de correio situados ao longo dos caminhos para dar descanso aos mensageiros

Ascom/PF

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