Pesquisa da Seplag revela que preços ao consumidor registraram alta

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O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de Maceió, registrou alta de 1,02% no mês de junho, superando o resultado de maio, quando o IPC avançou 0,51%, segundo dados divulgados pela Superintendência da Produção da Informação e do Conhecimento (Sinc), vinculada à Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag). Essa é uma das maiores altas registradas durante o ano de 2016.

Conforme os dados apontados na pesquisa, os preços de quatro grupos de produtos cresceram em comparação ao mês passado. Em Alimentação, o avanço nos preços foi de 2,72%; em Saúde e Cuidados Pessoais, a alta nos custos foi de 1,61%; em Vestuário, a taxa atingiu 0,61% e em Transportes, o aumento foi 0,52%.

A alta nos números do IPC de junho surpreendeu até mesmo o supervisor de Pesquisas da Seplag, Gilvan Sinésio, responsável pela coleta e estruturação dos dados. Ele explica que, no caso dos Alimentos, por exemplo, os efeitos do clima desfavorável e da quebra de safra de alguns produtos foram alguns dos fatores que acabaram colaborando para a alta no mês.

“Em geral, o preço de um dos alimentos mais consumidos pelos brasileiros, o feijão carioca, mais que dobrou em um ano. Esse feijão, variedade preferida no país, encareceu 57,55%, segundo os dados da última coleta. Além dele, os feijões mulatinho e massacar fradinho também aumentaram em 12% e 8%, respectivamente”, pontua Sinésio.

Ao contrário das passagens de ônibus interestaduais, que variaram em -1,02% em junho, o encarecimento das passagens intermunicipais, de planos de saúde e do conserto de automóveis pesou no bolso do consumidor maceioense. De acordo com os dados, as altas apuradas nos itens são de 10%, 4,94% e 3,81%, respectivamente.

Cesta básica

Quem vai aos supermercados em Maceió está tendo que abrir mão de alguns produtos, diminuindo a quantidade de alimentos e até substituindo as tradicionais marcas para economizar. Isso tudo, é claro, por conta das altas apresentadas no IPC de junho. De fato, percebe-se que a cesta básica ficou ainda mais cara na capital alagoana.

Segundo os dados, em junho, 38,35% do salário mínimo atual foi utilizado para que o trabalhador maceioense efetivasse a compra do produto. É um aumento de 2,22% em relação ao mês de maio, cujo comprometimento foi de 36,13%.

“Registramos um aumento de 6,14% na cesta básica em Maceió. A Carne, por exemplo, teve alta de 0,47%; o Leite de 0,79%; o Feijão de 25,92%; e o Arroz de 1,58%. São taxas relevantes, devido ao período que estamos passando”, explica Sinésio.

Ainda de acordo com a pesquisa, dentre os itens que compõem a cesta básica, a Carne e o Feijão mostraram-se como os produtos que mais pesaram no orçamento, com preços médios de R$20,03 e R$ 9,40, ambos por quilo.
Agência Alagoas

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