Perfurocortantes: Prefeitura orienta como descartar e evitar acidentes

Garis e animais podem sofrer riscos físicos e de contaminação

Materiais perfurocortantes são extremamente perigosos quando não descartados de forma correta. Além de machucar pessoas e animais que mexem no lixo antes de ele ser recolhido, podem prejudicar os garis responsáveis por recolher esses resíduos. Para evitar que isso aconteça, a Prefeitura de Maceió orienta como descartar esse material de forma correta e evitar acidentes. Desde janeiro, 25 profissionais da limpeza urbana já se lesionaram com esse tipo de resíduo em Maceió.

Gari ferido ao recolher perfurocortantes descartados de forma irregular. Foto: Ascom Sudes

É considerado perfurocortante qualquer objeto que contenha cantos, bordas, pontas ou protuberâncias rígidas que sejam capazes de cortar ou causar perfurações. Itens comumente usados em casa também podem ser perfurocortantes. É o caso, por exemplo, de lâminas de barbear, agulhas, brocas, pregos, pedaços de madeira, tampas serrilhadas de latinhas de conserva e vidro quebrado.

Seringas apresentam risco de doenças e cortes. Foto: Ascom Sudes

Descarte de forma separada

Seringas, agulhas e vidro quebrado não devem ser descartados junto com o restante do lixo, seja ele reciclável ou não. Até mesmo as lâmpadas exigem atenção especial, ainda que não estejam quebradas.

Seringas descartadas de forma errada em lixo comum. Foto: Ascom Sudes
Seringas descartadas de forma errada em lixo comum. Foto: Ascom Sudes

Coloque dentro de um recipiente resistente

Se possível, coloque os perfurocortantes dentro de um recipiente resistente. Garrafas PET vazias, caixas de leite, latas e até caixas de papelão podem ser utilizados como forma de proteção. No caso do vidro, o ideal é enrolar os cacos em jornal e então colocá-los dentro de uma latinha de achocolatado vazia. No caso das latinhas de conserva apenas lembre-se de empurrar a parte serrilhada para dentro da própria lata, evitando que ela possa causar acidentes.

Sinalize o recipiente

Escreva no recipiente destinado ao descarte que se trata de um material perfurocortante. Coloque em letras grandes e bem visíveis: “CUIDADO, MATERIAL CORTANTE”. Ou escreva do que realmente se trata. Por exemplo: “CUIDADO, VIDRO QUEBRADO”.

Descarte no lixo correto

Esteja atento sobre do que se trata o material perfurocortante a ser descartado. Em alguns casos, é possível colocá-lo no lixo reciclável, desde que sinalizado e separado dos demais. Este é o caso dos cacos de vidro e das lâmpadas, por exemplo. Lâminas de barbear devem ser colocadas no lixo comum, devidamente separadas e sinalizadas.

Kedyna Tavares, diretora de planejamento e serviços especiais da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Sudes), destaca a importância do descarte correto desses materiais e lamenta a pouca adesão dos cidadãos à prática.

“Se descartados de forma correta, vários acidentes podem ser evitados com nossos garis, pessoas em situação de rua, catadores e animais que mexem no lixo antes de ser recolhido. Porém, infelizmente, muitas pessoas ainda não sabem dessa necessidade ou não se esforçam para fazer o certo. A realidade é que ainda vamos ver muitos acidentes ocorrerem devido à falta de consciência da população”, disse.

Ferimento causado por seringa encontrada em lixo comum. Foto: Ascom Sudes

Caso o gari seja ferido ao executar seu trabalho na coleta domiciliar, é encaminhado ao hospital. Se o ferimento for ocasionado por latas ou pregos, o funcionário é vacinado contra o tétano. Nos cenários onde ocorrem acidentes biológicos (agulhas), os colaboradores são levados ao Hospital de Doenças Tropicais e passam por uma bateria de exames. A depender do tipo de agulha, e se continha sangue, toma um coquetel de medicamentos. Além disso, são monitorados por seis meses retornando ao HDT para fazer novos exames.

População pode evitar acidentes. Foto: Ascom Sudes

“Nós, da educação ambiental, sempre orientamos o cidadão como fazer o descarte correto. Precisamos que a população tenha mais empatia, pensando no ser humano que está do outro lado, tendo contato com esse resíduo ao exercer seu trabalho e manter a cidade limpa”, completou a diretora.

Alexandre Vieira/Ascom Sudes

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