Aldo di Cillo Pagotto foi investigado pela Igreja Católica em uma série de ocasiões, acusado de acobertar casos de pedofilia em sua diocese
A saída de Dom Pagotto parece ser consequência de uma série de acusações e conflitos relacionados com a pedofilia dentro da Igreja, um tema que o bispo se negava a discutir. Desde que foi nomeado, em 2004, ele teve problemas por sua gestão. A Conferência Episcopal do Brasil chamou a atenção do religioso em várias ocasiões depois de queixas feitas por fiéis e, por isso, ele foi submetido a duas visitas canônicas ordenadas por Roma.
Durante uma investigação do Vaticano, em 2015, Pagotto recebeu a determinação de não ordenar padres ou receber novos seminaristas. Suspeitas acerca do arcebispo teriam vindo à tona com a carta de denúncia de uma mulher, que o acusou de manter relações com um rapaz de 18 anos, divulgaram jornais italianos. De acordo com agência de notícias católica Zenit, esse episódio não foi provado e o bispo levou o caso aos tribunais, conseguindo que todo o material sobre o assunto fosse retirado da internet. Ainda assim, precisou se afastar por ajudar a encobrir casos de outros padres.
Desde que se tornou papa, em 2013, Francisco vem lutando contra a pedofilia dentro da Igreja. As associações de vítimas, no entanto, consideram as medidas ainda insuficientes, pois acreditam que o Vaticano continua encobrindo casos de abusos dentro da instituição católica.
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