Pais acreditam que conteúdo de educação sexual é inadequado, em Ji-Paraná. Documento foi entregue ao MP-RO, que avaliará questionamentos.
Mais de 150 pais fizeram um abaixo-assinado nesta semana e o entregaram ao Ministério Público de Rondônia (MP-RO) requerendo a retirada de um livro
A medida foi adotada após os pais entenderem que a maneira como o assunto é abordado no livro de ciências não é apropriada para os estudantes da Escola Estadual Júlio Guerra, que têm em média 13 anos.
A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) diz que o livro
Chamado de Projeto Apomea, a obra estudantil foi escrita pelas autoras Ana Maria Pereira, Margarida Santana e Mônica Waldheim e publicada pela Editora Brasil
Para Rhamayana Maria, mãe de um estudante, um dos capítulos do livro
“Eu tenho um filho que está com 13 anos e uma mãe me ligou perguntando se eu já tinha visto o conteúdo do livro
Segundo a mãe, o capítulo onde aparece a ilustração de um pênis e do autoexame de mama tem cerca de 40 páginas e explica sobre a puberdade, os órgãos genitais e suas fases. Para a ela, o livro
O livro
Seduc
Ao G1, a diretora geral de educação da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Maria Angélica Ayres, diz que escolha do livro
Segundo o coordenador regional de educação, José Antônio de Medeiros Neto, os pais questionam principalmente a forma como o conteúdo foi apresentado.
“O MP tem uma equipe em Porto Velho especialista na área de ensino, que fará um estudo mais técnico da situação, para que a gente não cometa nenhum erro em continuar ou não com o material”, explica.
O coordenador do CRE explica que aguarda o resultado da avaliação para tomar providências. “O conteúdo só será lecionado em sala de aula no próximo semestre. Até lá, já teremos um posicionamento do MP”, afirma.
Posição contrária
Enquanto alguns pais querem a retirada do livro, outros são contra o abaixo-assinado. É o caso de Luana Amorim, mãe de uma aluna de 13 anos que estuda na escola onde os livros
“Eu sou favor de se manter o livro, talvez se esses adolescentes tivessem mais instrução sobre sexualidade não teríamos um país com tanta gravidez na adolescência. Uma amiga da minha filha engravidou com 12 anos. Se ela tivesse alguma noção sobre sexualidade, e também métodos anticoncepcionais, a gravidez dela poderia ter sido evitada. Então como mãe eu não posso ser contra esse livro”, afirma Luana.
g1
31/03/2017