Os senhores serão nossos libertadores dessa prisão, diz autor do impeachment

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Ao falar em defesa da abertura do processo de impeachment pela Câmara dos Deputados, o jurista Miguel Reale Júnior, um dos autores da denúncia contra a presidente Dilma Rousseff, afirmou que os deputados serão os “libertadores” do povo brasileiro.

“Os senhores serão nossos libertadores dessa prisão”, disse, próximo ao encerramento de sua manifestação.

* Acompanhe pelo link http://zip.net/bls77W (URL encurtada e segura) a sessão na Câmara que decide o impeachment

O advogado discursou por cerca de 25 minutos. A Câmara dos Deputados começou nesta sexta-feira (15) a discutir a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

Em seguida, falou o ministro da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo, em defesa da presidente. Superada esta etapa, começam a falar deputados indicados para representar cada um dos partidos. É esperado que essa etapa se alongue até a noite.

Reale também buscou mostrar que as chamadas pedaladas fiscais e os decretos de suplementação orçamentária são práticas graves contra a economia do país e devem ser considerados crimes de responsabilidade praticados pela presidente.

“As pedaladas não são um mero problema de ordem contábil e administrativa. Foram um recurso utilizado para esconder da nação a situação falimentar do Tesouro Nacional”, disse. “E repetem que não há crime. Eu quero perguntar qual é o crime mais grave: um presidente que coloca em seu bolso uma quantia, ou uma presidente, pela ganância pelo poder, não vê limites?”, afirmou Reale Júnior.

A autorização para a abertura do processo de impeachment será votada no domingo. Se receber o apoio de 342 dos 513 deputados, o processo segue ao Senado, que também decide se abre ou não investigação contra a presidente. Apenas se o Senado aceitar o processo Dilma é afastada temporariamente do cargo, até o fim do julgamento pelo Senado.

A denúncia do impeachment acusa Dilma de ter praticado as chamadas pedaladas fiscais e de ter publicado decretos aumentavam a previsão de gastos do governo sem autorização do Congresso Nacional.

As pedaladas consistem no atraso de repasses a bancos públicos, o que fazia com que as instituições financeiras tivessem que arcar com o pagamento de programas federais. Segundo a denúncia, a prática mascarou os resultados negativos das contas do governo nos anos de 2014 e 2015, o que contribuiu para agravar a crise econômica.
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