Segundo dados do último censo do IBGE, havia em Maceió 51.854 idosos com 65 anos ou mais, que correspondiam a 5,56% do total da população. De acordo com projeção feita a partir dos dados deste último censo, entre 2010 e 2018 aumentou em 4.434 o número total de idosos.
“Houve um incremento significativo na população de idosos no município, e com isso faz-se necessário avaliar a assistência pública dada a esta parte tão fragilizada da população de nossa cidade, bem como avaliar o que é preciso melhorar na qualidade de vida dos idosos como um todo”, declarou o parlamentar.
Segundo Betânia Jatobá, vice-presidente do Conselho Estadual do Idoso, os impactos da violência contra a pessoa idosa são muitos e é um desafio para todas as áreas que desenvolvem ações junto a este segmento populacional por ser um fenômeno silencioso e difícil de ser detectado. Ela ainda destacou que a violência interfere na qualidade de vida e na saúde do idoso, ocasionando uma gama de sequelas orgânicas e emocionais.
Para Tereza Vieira, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, falta iniciativa e investimento em políticas públicas para dar mais assistência à terceira idade de Maceió.
“Falta o poder público cumprir a parte dele, Maceió não tem uma política municipal para a pessoa idosa e sem isso vai ser muito difícil conseguir que os idosos tenham a sua dignidade respeitada. Muitos deles são analfabetos e isso mostra a necessidade de existir educação para o envelhecimento para que eles entendam os seus direitos” declarou Tereza.
Maria Lucia Moreira da silva, representante da Associação Nacional da Gerontologia de Alagoas (ANG/AL), frisou que a política do idoso tem 25 anos e em Alagoas ela não nunca saiu do papel. Além disso, disse que a saúde não dá boas condições de trabalho para os geriatras e muitos pacientes ficam desassistidos e não envelhecem com dignidade.
O vereador Cleber Costa falou da necessidade de conscientizar a sociedade do respeito e da relação de troca que deve existir entre os jovens e os idosos e alguns fatores que precisam ser alterados para que a terceira idade tenha mais qualidade de vida e seus direitos respeitados.