Mulher que fez registro de estupro diz que foi imobilizada por PM assim que ele entrou em seu apartamento

A mulher que disse ter sido estuprada por um policial militar contou que, assim que o PM entrou em seu apartamento, ele a imobilizou. A vítima, moradora de Copacabana, na Zona Sul do Rio, diz que foi abusada pelo policial que havia atendido uma ocorrência no prédio dela na semana anterior. O estupro ocorreu na segunda-feira (24).

De acordo com a vítima, o policial chegou na portaria do prédio e pediu que o porteiro a avisasse que ele precisava falar com ela: “Ele disse: ‘Avisa que é o policial da ocorrência de semana passada, que eu preciso muito falar com ela’. Eu falei: ‘Então tá bom, então pode subir’. No momento em que ele entrou, ele me imobiliza. O corredor tem uma vala bem pequena na parede, que eu nunca me atentei. Só descobri ela da pior maneira possível”, contou a mulher.

Imagens de câmeras de segurança do prédio mostram o policial entrando no elevador do prédio da vítima no dia 24, dia em que a moradora diz que o crime aconteceu.

O PM foi identificado pela vítima como o que atendeu a uma ocorrência no prédio, uma semana antes, quando um vizinho chamou a polícia por causa de uma briga no edifício.

A PM abriu um Inquérito Policial Militar para apurar a denúncia de estupro. Enquanto ocorrem as investigações, o policial está afastado das ruas e fazendo atividades administrativas. A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) afirmou que está acompanhando o caso.

“O que mais me entristece é saber que eu vivo hoje como prisioneira, e um policial que cometeu todos os erros está solto, está bem. Porque eu não tenho saúde mental. Eu não durmo, minha mãe não dorme”, contou a vítima.

Dificuldades para registrar BO
A delegada titular da 12ª DP (Copacabana), Valéria Aragão, afirmou que o caso será investigado e que todos os policiais de plantão serão ouvidos para apurar uma possível irregularidade no atendimento da vítima. Apesar disso, o inquérito será finalizado pela 13ª DP (Ipanema), por causa da região onde o crime teria acontecido.

A vítima diz que procurou a 12ª DP (Copacabana), mas teve dificuldades para fazer o registro. “Chorar, chorar, chorar. Era a única coisa que eu sabia fazer. A minha amiga pergunta se tem uma policial feminina para poder atender. Tinha policiais mulheres lá, só que elas alegam estarem ocupadas. Eu falo meu endereço para ele, ele fala para gente ir pra 13ª DP (Ipanema). Só que assim, tava chovendo, a gente já estava lá há um tempão, o que que custa fazer o boletim de ocorrência?”, indagou.

Depois de registrar a ocorrência, a mulher foi ao 19º BPM (Copacabana) para prestar queixa. Ela conta que os policiais a trataram bem e a levaram ao Instituto Médico Legal (IML). O laudo do IML apontou vestígios de violência em ato sexual.

Com informações de G1

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