MP estuda bloqueio de contas do Flamengo para garantir indenizações

Após o incêndio ocorrido nesta sexta-feira no Ninho do Urubu, CT do Flamengo, o MPT-RJ (Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro) anunciou a criação de uma força-tarefa para exigir reparação aos familiares das vítimas.

“A força-tarefa foi construída hoje (sexta-feira), agora há pouco. Em tese a atuação vai se dar em duas frentes. Uma, em caráter reparatório com relação aos danos causados pelo incidente. Outra, em caráter preventivo: investigar as causas, verificar se o ambiente de trabalho estava inadequado, para evitar que isso volte a ocorrer. Serão tomadas medidas com esses dois enfoques”, disse a procuradora Daniella Cramer, em entrevista ao portal UOL.

A coordenadora da força-tarefa disse inclusive que o MPT-RJ estuda o bloqueio de contas e bens do Fla para garantir o pagamento das indenizações.

“Essa medida está sendo estudada. Pode ser que isso venha a acontecer”, salientou.

Outros quatro procuradores fazem parte do grupo: Virgínia Leite Henrique, Tiago Oliveira de Arruda, Juliane Mombelli, Maria Vitória Sussekind Rocha.

Todos são integrantes do Núcleo de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescentes e do Núcleo de Defesa do Meio Ambiente de Trabalho.

Mais cedo, a Polícia Civil informou que já concluiu a perícia do local e abriu inquérito para apurar quem foram os responsáveis pela tragédia.

“A Sepol (Secretaria de Estado de Polícia Civil) informa que a perícia já foi realizada no local e um inquérito foi aberto na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) para apurar a responsabilidade. A investigação está em andamento”, disse a entidade, por meio de nota.

Antes disso, a Prefeitura do Rio de Janeiro informou que a área do CT do Flamengo em que ocorreu o incêndio só podia ser usada como estacionamento.

De acordo com a municipalidade, “no projeto protocolado (pelo Flamengo), a área (onde ocorreu o incêndio) está descrita como um estacionamento”.

Além disso, “não há registros de novo pedido de licenciamento da área para uso como dormitórios”, afirmou.

“A Prefeitura vai determinar a abertura de um processo de investigação para apurar as responsabilidades”, complementou o órgão, salientando que a licença concedida ao Fla ainda tinha um mês de validade.

O Flamengo ainda não se pronunciou sobre a nota da Prefeitura.

09/02/2019

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