Dois policiais militares serão indiciados
Pela quarta vez, a Polícia Civil (PC) concluiu o inquérito da morte do empresário Sérgio Falcão. Neste novo inquérito, a polícia aponta que a morte, antes considerada como homicídio, na verdade foi um assassinato encomendado, supostamente, por um parente de Sérgio e um outro empresário alagoano. Os dois, no entanto, não serão indiciados por falta de provas materiais. Mas, dois policiais que teriam sido pagos para assassinar o dono da construtora Falcão, serão indiciados.
No relatório, enviado para análise do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), conta detalhadamente os cinco anos de investigação desde a morte do empresário. A delegada do caso, Vilaneida Aguiar, afirma que não resta dúvida de que Sérgio Falcão teria sido assassinado pelo próprio segurança que é policial militar, Jailson Melo.
O inquérito contraria a versão do PM, sustentada pela perícia, de que Sérgio teria pego a arma em sua cintura e atirado na própria boca. De acordo com a investigação, Vilaneida diz que o segurança teria se encontrado com o empresário no apartamento dele, depois seguido para o quarto, onde atirou na boca de Sérgio e fugiu. Além disso, ela contesta outros pontos que foram constatados pela perícia.
Além de Jailson, o irmão dele, Jailton Melo, que também é militar, foi indiciado pelo crime, pois a arma usada para cometer o delito seria dele. Os dois teriam sido pagos pelo parente e pelo empresário alagoano, que tramaram com eles o assassinato dias antes, em Recife.
A motivação do crime seria por motivos financeiros, já que a falência da empresa de Sérgio Falcão estaria dando prejuízo a terceiros.
O resultado do inquérito está nas mãos do promotor de Justiça, André Rabelo, que decidirá se denuncia os policiais militares e os prováveis autores, se as investigações continuarão, ou se o caso será arquivado.
Os advogados de defesa dos policiais contestam o novo inquérito e dizem não restar dúvidas de que foi um suicídio.
