Morte de líder comunitária da Cidade Alta após reunião em quartel da PM é investigada

Morte de líder comunitária da Cidade Alta após reunião em quartel da PM é investigada

A Delegacia de Homicídios da capital investiga a morte da líder comunitária Glória Maria dos Santos Miccas, de 46 anos, no dia 8 de dezembro do ano passado, na Cidade Alta, em Cordovil, na Zona Norte. Ela foi assassinada a tiros horas após ter saído de uma reunião do Conselho Comunitário de Segurança no 16º BPM (Olaria), na qual insinuou que os policiais do batalhão poderiam estar agindo para beneficiar uma das duas facções que disputavam a comunidade. Glória defendeu ainda a volta do Comando Vermelho (CV), que dominava o local até novembro de 2016, quando a favela foi invadida pelo Terceiro Comando Puro (TCP).

A líder comunitária trabalhava com vans e mototáxis e afirmou, no encontro, que não conseguia mais atuar na favela e nem mesmo voltar para casa após o TCP ter tomado o local. As declarações geraram grande constrangimento nos presentes, atesta o Extra.

Glória estava numa van, chegando na Cidade Alta, quando foi morta. Três meses após o crime, o comandante do 16ºBPM, coronel Sérgio Barbosa Marques, foi exonerado do cargo. A assessoria de imprensa da Polícia Militar negou que a saída do oficial tenha se dado em razão do assassinato.

Em nota, a corporação afirmou que Barbosa foi exonerado após inscrição no Curso Superior de Polícia. Questionada sobre o caso, a assessoria disse apenas que as investigações estão com a Divisão de Homicídios.

A corregedoria da PM está investigando se policiais do 16º BPM receberam propina das facções que disputam o domínio da Cidade Alta para beneficiá-las. Na última sexta-feira, nove policiais foram transferidos, suspeitos de terem recebido algum tipo de vantagem dos criminosos.

A corregedoria e a Polícia Civil investigam ainda um áudio que circula no WhatsApp e foi feito dentro de um caveirão do 16º BPM, no dia 18 de fevereiro deste ano. A gravação circula com uma denúncia de que os policiais do batalhão teriam recebido R$ 1 milhão para ajudar o TCP a retomar a favela.

11/05/2017

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