Mobilidade Urbana e Inclusão: Escola estadual cria projeto para otimizar mobilidade urbana

 

Professores promovem ações interdisciplinares visando melhorar a mobilidade urbana no entorno da escola
Thiago Ataide / Ascom Seduc

 

O projeto “Mobilidade Urbana e Inclusão” está transformando a vida de alunos da Escola Estadual Ovídio Edgar de Albuquerque, localizada no bairro Tabuleiro dos Martins, em Maceió. Criado e desenvolvido por professores da unidade escolar, as atividades buscam identificar problemas de locomoção existentes na comunidade e trazer soluções viáveis para esses transtornos.

A partir do questionamento “Como podemos produzir conhecimento, aprendizagens através de reflexões e buscar alternativas de mobilidade urbana inclusiva no entorno da escola?”, dezessete professores estão apresentando aos seus estudantes como as disciplinas estudadas em sala de aula podem resolver problemas dentro e fora da escola.

“O projeto busca atender as necessidades dos alunos dentro dos contextos de cada um. Nós buscamos mobilizar toda a comunidade a fim de sanar essas carências, sempre unindo a questão às disciplinas estudadas. Além disso, também são feitas palestras  e campanhas”, explicou a coordenadora mentora e responsável pelas ações, Gedalva Queiroz.

A iniciativa segue um cronograma que foi montado pela equipe e que é composto por três gestos concretos: um miniprojeto de “jovem parlamentar”, onde os estudantes devem elaborar um projeto de lei para estruturação das vias do entorno da escola; a aquisição de um triciclo para uma aluna com dificuldades de locomoção e a entrega de um dossiê relatando os problemas enfrentados pelos próprios estudantes no percurso até a escola e a apresentação de soluções para essas questões.

Solidariedade

Uma das ações já realizadas foi a campanha para aquisição de um triciclo para dois estudantes que possuem dificuldades para caminhar. Robson do Nascimento e Amanda do Nascimento são irmãos e alunos do segundo ano do ensino médio e do sétimo ano respectivamente. Para eles, o caminho de casa para a escola sempre teve obstáculos maiores do que os dos outros estudantes. Com a ajuda de rifa e doações, o aparelho – que custa cerca de R$ 5 mil – pôde ser comprado e está previsto para chegar no próximo dia 20.

“Tenho dificuldade de  andar grandes distâncias. Nós já tivemos que mudar de casa, pois essa é mais perto da escola. Antes, quando a gente morava em outra casa, para chegar na escola tinha que passar por uma rua cheia de lama e ficava muito complicado pra eu passar. Meu sentimento agora é só alegria, sinto que sou igual a qualquer outro”, relata Amanda.

Robson também não esconde o sentimento de gratidão. “O triciclo foi comprado para nós dois, mas tenho consciência que o aparelho vai ajudar muito mais a ela, que agora vai se locomover melhor. Nós perdemos nossa mãe há pouco tempo e qualquer coisa que deixe ela feliz me deixa feliz também. Por isso só tenho a agradecer a todo mundo que ajudou e a Deus por ter colocado a professora Gedalva na nossa vida”, conta.

A próxima atividade do projeto será a avaliação da principal rua de acesso à escola, que enfrenta problemas em períodos chuvosos. Nesta etapa os alunos estão fazendo a medição da área para posteriormente iniciar a campanha para os reparos junto aos órgãos responsáveis.

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